
O clima económico em Portugal está inflacionado e marcado por elevados custos do financiamento bancário, muito embora o emprego continue estável. Apesar deste contexto incerto, quem está a pensar trocar de casa continua a optar, sobretudo, por comprar uma habitação, ao invés de arrendar, aponta estudo. Isto porque, historicamente, os portugueses vêem a habitação como um investimento que se traduz em poupança para uma emergência.
“Ser proprietário de um imóvel continua a ser uma questão muito importante para os portugueses e isso está refletido nos dados que apurámos, em que 68% das pessoas que responderam a este estudo têm casa própria e apenas 32% arrenda”, começa por explicar Marta Almeida, diretora coordenadora nacional da DS Imobiliária, citada em comunicado.
Ao questionar os portugueses que estão a pensar trocar de casa num contexto em que o poder de compra está esmagado com a inflação e os juros no crédito habitação estão em alta, as respostas não foram diferentes. “A intenção, quando o tema é a troca de casa, também recai para a aquisição, com 90% a querer comprar contra os 10% do arrendamento”, indica Marta Almeida referindo-se aos resultados do inquérito realizado pela DS Imobiliária.
Das famílias portuguesas que estão a pensar trocar de casa, 58% refere que será para habitação própria, enquanto para 25% o objetivo é puro investimento. Já 17% diz que gostava de ter uma casa de férias, revelam os mesmos dados.

Quais são os tipos de casa para comprar preferidos dos portugueses?
Olhando para o tipo de casas à venda, os apartamentos continuam a ser os preferidos com 49% das respostas, seguidos das moradias com 38%. Já 6% gostava de viver num monte ou numa quinta. “Também consideramos interessante o facto de a aquisição de terreno para construção não ser uma das principais opções, tendo apenas 3% das respostas, quando os apartamentos e as moradias somam 87% das preferências”, analisa ainda a especialista.
Quanto à localização, observa-se que as casas à venda situadas nas periferias são a primeira opção para 45% dos participantes – até porque aqui os preços são mais baixos do que nos centros urbanos, embora estejam a aumentar por efeito contágio. Logo seguir, as famílias portuguesas preferem comprar casa nas grandes cidades (39% do total) e só 16% no interior do país.
No que toca às tipologias das habitações, verifica-se que as casas T3 são as mais procuradas, seguidas pelos T2 e pelos T4 (ou mais), indica o mesmo estudo.
Já no que diz respeito às características das casas mais valorizadas pelos portugueses, observa-se que as tendências apuradas durante a pandemia vieram para ficar, já que as áreas e os espaços exteriores continuam nas principais preferências. Também os serviços e comodidades nas proximidades passaram a ter mais importância, enquanto só 10% opta pela garagem como principal caraterística a ter em conta.
“Quando falamos das características mais valorizadas, verificamos que, embora se fale muito de sustentabilidade, a eficiência energética ainda não está no 'mindset', tendo apenas 7% das respostas, enquanto a área e os espaços exteriores continuam a ser a prioridade”, conclui Marta Almeida.
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