
Situado entre a Graça e Santa Apolónia, o bairro da Quinta do Ferro está prestes a ganhar uma nova vida e deixar de ser uma das zonas mais degradadas da capital. O projeto de reabilitação, aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) em setembro, foi divulgado na semana passada numa sessão liderada pela vereadora municipal do Urbanismo, Joana Almeida, e está agora em discussão pública até 28 de novembro.
A Câmara Municipal de Lisboa prevê um investimento público na ordem dos 20 milhões de euros, em que um milhão será destinado à aquisição de terrenos e construções particulares existentes dentro da Quinta do Ferro, 7,2 milhões de euros serão para a construção de habitação acessível, comércio e serviços, 5,3 milhões vão ser canalizados para a construção de caves e estacionamento, uma fatia de 5,1 milhões servirá para o espaço público, 201 mil euros para realojamentos (três anos) e 224 mil euros para demolições. A estes valores somam-se cerca de sete milhões de investimento privado na reabilitação de imóveis particulares localizados na área de intervenção prioritária.
A decisão sobre Operação de Reabilitação Urbana sistemática para a Quinta do Ferro decorre da necessidade de desenvolver uma solução integrada para revitalizar e regenerar o tecido urbano social e económico, "garantindo a coesão territorial e social, a sustentabilidade e a prevenção de riscos naturais", lê-se em comunicado da CML.
E Carlos Moedas, presidente da autarquia lisboeta, considera que a operação de reabilitação urbana da Quinta do Ferro representa "um momento histórico para a cidade", tal como disse em setembro.
O que está em causa na Operação de Reabilitação da Quinta do Ferro, entre a Graça e Santa Apolónia?
Este projeto de urbanismo para a Área de Reabilitação Urbana/Operação de Reabilitação Urbana (ARU/ORU) inclui a totalidade da Quinta do Ferro, ou seja, cerca de 60 650 metros quadrados (m2) e 210 edifícios, tendo como limites a rua Leite Vasconcelos (a norte), a rua do Vale de Santo António (a nascente), a rua da Verónica (a sul) e a rua da Nossa Senhora da Glória (a ponte). A Câmara de Lisboa considera existir uma área de intervenção prioritária, "onde a maioria do edificado se encontra em mau estado de conservação e em situação não regularizada do ponto de vista da legalidade urbanística", e que corresponde a uma área aproximadamente de 18 250 metros quadrados e 46 edifícios, de acordo com a memória descritiva do projeto.
De forma resumida, o novo modelo urbano para a Quinta do Ferro contempla as seguintes intervenções:
- desenvolvimento de um processo de reabilitação urbana;
- promoção da oferta pública de habitação acessível;
- realojamento de moradores abrangidos pelas ações de regeneração urbana;
- reforço das ligações a espaços públicos de referência na proximidade
- criação de espaços públicos, comércio e equipamentos geradores de atratividade.
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