Casas para arrendar estão mais caras em todas as regiões, diz INE. Subida supera máximo registado em 2014.
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Renda das casas a subir
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Arrendar casa em Portugal está cada vez mais caro. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou esta quinta-feira que as rendas da habitação subiram 5,0% em outubro face ao período homólogo. E, olhando para o horizonte, verifica-se que este é mesmo o maior aumento anual das rendas de sempre, tendo superado o máximo registado em 2014.

Nada parece travar a subida das rendas das casas em Portugal, um movimento gerado sobretudo pelo desequilíbrio entre a escassa oferta para uma alta procura. E este aumento até se agravou em outubro: “A variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado foi 5,0% em outubro de 2023 (4,9% no mês anterior)”, referiu o INE na nota publicada esta segunda-feira, dia 13 de novembro.

Esta é mesmo a maior subida anual das rendas registada desde o início deste século, superando o máximo observado em 2014, segundo as contas do Jornal de Negócios. Este é o resultado da subida das rendas de forma contínua ao longo dos últimos dois anos, seguindo os passos da inflação. Mas, agora, verifica-se que as rendas continuam a subir a um ritmo maior do que a inflação em Portugal que se fixou em 2,1% em outubro.

Arrendar casa em Portugal
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Rendas das casas sobem em todas as regiões – e vão ser atualizadas em 2024

O que também salta à vista é que todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação em outubro, tendo a Região Autónoma da Madeira registado o aumento mais intenso (5,6%).

Tendo em conta a variação mensal, verifica-se que o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado aumentou 0,4% (valor idêntico ao do mês anterior). “A região com a variação mensal positiva mais elevada foi a Região Autónoma da Madeira (0,6%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação”, explicou o INE.

A verdade é que quem arrendou casa em Portugal poderá ver a renda a agravar-se em 2024. Isto porque o Governo decidiu não avançar com um travão às rendas, podendo subir até aos 6,94%, um dos maiores valores dos últimos 30 anos. A boa notícia é que optou por dar apoio aos inquilinos através de um reforço ao apoio extraordinário da renda (+4,96%) e aumentando a dedução das rendas em sede de IRS (dos atuais 502 euros para 550 euros).

Enquanto a primeira medida já foi promulgada pelo Presidente da República, a segunda está dependente do Orçamento de Estado para 2024, que deverá ser aprovado pela maioria absoluta do PS, antes de o Governo dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

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