
O custo mais elevado do crédito habitação, a perda do poder de compra por via da inflação e os preços que continuam em alta das casas à venda, estão a aumentar a procura de casas para arrendar em Portugal. Já a oferta de habitações neste mercado tem vindo a diminuir, seja pelas elevadas cargas fiscais, seja devido à incerteza gerada pelo Mais Habitação e pelos novos travões na atualização das rendas que estão a ser estudados pelo Governo socialista de António Costa. Todo este cenário tem pressionado os preços das casas para arrendar em Portugal, que apresentaram uma subida de 7,1% no terceiro trimestre de 2023 face ao trimestre anterior (a variação mensal foi de +0,6%). Segundo o índice de preços do idealista, arrendar casa tinha um custo mediano de 15,5 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de setembro.
Rendas das casas sobem em quase todas as capitais de distrito
Entre julho e setembro de 2023, o preço do arrendamento subiu em quase todas as capitais de distrito do país com amostras representativas, com Évora (16%) a liderar a lista. As rendas das casas também subiram em Faro (14,1%), Aveiro (13,7%), Braga (10,4%), Castelo Branco (9,2%), Porto (7,9%), Funchal (6,2%), Coimbra (5,1%), Viseu (4,3%), Lisboa (4,2%), Setúbal (3,2%) e Santarém (0,6%). Em sentido contrário, os preços das casas para arrendar desceram em Leiria (-1,6%) e Viana do Castelo (-0,6%).
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 20,8 euros/m2. Porto (16,5 euros/m2) e Funchal (14,2 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Évora (12,5 euros/m2), Faro (12,5 euros/m2), Aveiro (12,4 euros/m2), Setúbal (11,1 euros/m2), Coimbra (10 euros/m2) e Braga (9,1 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação no país são Castelo Branco (6,3 euros/m2), Viseu (6,4 euros/m2), Santarém (7,4 euros/m2), Leiria (7,8 euros/m2) e Viana do Castelo (7,9 euros/m2), mostram os dados do idealista.
Arrendamento nos distritos de Lisboa e do Porto voltou a encarecer no verão
Dos 17 distritos e ilhas analisados e com amostras representativas, os preços das casas para arrendar apenas desceram em Santarém (-0,6%). Já em Vila Real (-0,4%) e Portalegre (0,4%), os preços mantiveram-se praticamente estáveis durante entre o terceiro trimestre de 2023 e o trimestre anterior.
A verdade é que as casas para arrendar ficaram mais caras em 14 dos 17 territórios analisados. Foi em Aveiro (20,6%), Viana do Castelo (18,4%) e Viseu (18%) onde as rendas das casas ficaram mais elevadas entre estes dois momentos. A lista da subida dos preços das casas no mercado de arrendamento segue com Évora (16,6%), Porto (10,1%), Castelo Branco (7,7%), Braga (7,3%), Coimbra (6,8%), Lisboa (6,1%) e Faro (6,1%). Já as menores subidas das rendas tiveram lugar na ilha da Madeira (1,8%), Beja (2,9%), Setúbal (4,9%) e Leiria (4,9%).
De referir que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,2 euros/m2), seguido pelo Porto (14,7 euros/m2), Faro (13,6 euros/m2), ilha da Madeira (13,3 euros/m2), Setúbal (12,0 euros/m2), Évora (11,6 euros/m2), Aveiro (10 euros/m2) e Coimbra (9,8 euros/m2). Segue-se Viana do Castelo (9,5 euros/m2), Leiria (9,1 euros/m2), Braga (8,9 euros/m2) e Beja (8,3 euros/m2).
Os preços mais acessíveis para arrendar casa em Portugal encontram-se em Portalegre (6,2 euros/m2), Vila Real (6,2 euros/m2), Castelo Branco (6,8 euros/m2), Viseu (7 euros/m2) e Santarém (7 euros/m2).
Custo do arrendamento sobe em todas as regiões
Durante o terceiro trimestre de 2023, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas, encontra-se o Norte (11,1%), seguido pelo Centro (8,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (6,3%). Seguem-se o Algarve (6,1%), Alentejo (2,7%) e a Região Autónoma da Madeira (1,5%). De notar que a Região Autónoma dos Açores não foi incluída nesta análise devido à falta de representatividade da amostra.
A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,4 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar uma habitação, seguida pelo Algarve (13,6 euros/m2), Norte (13,5 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (13,3 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (8,9 euros/m2) e o Alentejo (9,6 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar casa.

Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/
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