
A Soares da Costa chegou a ser a maior construtora portuguesa, mas faliu com dívidas de 526,3 milhões de euros a cerca de 2.200 credores, com o Estado à cabeça. Levou recentemente a leilão muitos dos seus ativos, mas sem sucesso, tendo “conseguido” arrecadar menos de 200.000 euros.
Segundo o Jornal de Negócios, a massa insolvente da SDCAA – Sociedade de Construções da África Austral (ex-Soares da Costa), que apresenta um saldo de apenas 1,6 milhões de euros, avançou para a liquidação de muitos dos seus ativos, que foram avaliados em 28,4 milhões de euros. Realizou, nesse sentido, 15 leilões eletrónicos, que terminaram no final de janeiro. Muitos ficaram desertos ou registaram licitações abaixo do valor mínimo estabelecido.
Destaque para o leilão de bens móveis (como cadeiras, computadores e fogões) e automóveis, localizados nos estaleiros centrais da empresa, em Gaia, que teve como licitação final 177,8 mil euros, cerca de 42.000 euros acima do valor-base.
Citado pela publicação, o administrador de insolvência da SDCAA fez um balanço frustrante desta primeira leva de leilões, adiantando que tinha “a expectativa de apurar cerca de 20 milhões de euros com a venda” de ativos. “Ficaram goradas as expectativas que tínhamos. O mercado não reagiu”, lamentou Francisco José Areias Duarte.
De realçar ainda o facto de não ter havido interessados num lote de terreno com 570 metros quadrados (m2) para construção situado em Campanhã, no Porto, que tinha como valor-base 8,293 milhões de euros.
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