
O mercado de arrendamento em Portugal continua dinâmico, apesar de a oferta de casas a preços acessíveis ser escassa. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira mostram que foram celebrados 25.472 novos contratos de arrendamento no início de 2024, mais 0,9% face ao período homólogo. Mas, dada a falta de stock, as casas estão a ser arrendadas por preços mais elevados: as rendas voltaram a subir 10,5% neste período, fixando-se os 7,46 euros por metro quadrado (euros/m2).
Desde logo, o INE destaca que houve um “aumento da atividade de arrendamento” em Portugal. Isto porque, no primeiro trimestre de 2024, foram registados 25.472 novos contratos de arrendamento, um número 0,9% superior ao observado no mesmo trimestre de 2023 (25.245 novos contratos). Também se arrendaram mais casas do que no final de 2023 – o aumento trimestral foi de 7,8%.
Esta maior procura de casas para arrendar numa altura em que continua a faltar oferta a preços acessíveis resultou numa nova subida dos preços (embora a menor ritmo). “No primeiro trimestre de 2024, a renda mediana dos 25.472 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 7,46 euros/m2”, destaca o INE no boletim publicado esta quinta-feira, dia 27 de junho, que divulgou os dados provisórios relativos ao início de 2024.
Este valor representa um crescimento homólogo de 10,5%, inferior ao observado no trimestre anterior (11,6%) – ou seja, as rendas voltaram a subir, mas de forma mais lenta. Mas face ao trimestre anterior verificou-se mesmo uma descida das rendas das casas de 3,2%.
Arrendar casa ficou mais caro em todas as sub-regiões
As casas para arrendar ficaram mais caras em todas as sub-regiões face ao início do ano passado. As sub-regiões Cávado e Ave, ambas com 17,7%, o Alto Alentejo (17,3%), o Baixo Alentejo (15,9%) e o Médio Tejo (15,7%), destacaram-se com as maiores variações homólogas, superiores a 15%. E foi no Alentejo Litoral onde se registou o menor aumento das rendas (3,5%).
Já em relação ao trimestre anterior, a renda mediana diminuiu em 15 das 26 sub-regiões, tendo a Região Autónoma da Madeira registado o maior decréscimo (-12,6%). A Área Metropolitana do Porto (-6,1%), Península de Setúbal (-3,7%) e Grande Lisboa (-3,3%) apresentaram também diminuições no valor mediano das rendas. Em sentido inverso, o maior aumento das rendas de novos contratos de arrendamento registou-se na sub-região Alto Alentejo (11,6%).
Sem surpresa, as rendas das casas mais elevadas registaram-se na Grande Lisboa (12,12 euros/m2), Península de Setúbal (9,29 euros/m2), Algarve (8,78 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (8,13 euros/m2) e Área Metropolitana do Porto (8,11 euros/m2). Já as rendas mais baixas foram observadas em Terras de Trás-os-Montes (3,4 euros/m2) e no Douro (3,84 euros/m2).
Quanto aos contratos de arrendamento, o INE dá conta que 11 das 26 sub-regiões registaram decréscimos homólogos no número de novos documentos, salientando-se o Baixo Alentejo, com um decréscimo de 22,4%. Com crescimentos acima de 10%, destacaram-se as Terras de Trás-os-Montes (27,3%), a Região de Leiria (12,8%) e o Tâmega e Sousa (11,2%). A Grande Lisboa e a Área Metropolitana do Porto concentraram 41,8% dos novos contratos de arrendamento.
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