As casas para arrendar estão a ficar mais caras em Portugal. E esta realidade é especialmente visível nos 24 municípios mais populosos do país, onde o desequilíbrio entre a alta procura e falta de oferta é mais evidente. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que as rendas das casas continuaram a subir em todos estes concelhos entre o início de 2024 e o mesmo período do ano passado. E mostram também que o número de novos contratos de arrendamento caiu em 13 territórios neste período. Neste artigo, revelamos quanto custa arrendar casa nos municípios com mais habitantes e como é que têm evoluído as rendas no último ano.
“No primeiro trimestre de 2024, verificou-se um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se, com crescimentos iguais ou superiores a 15%, Guimarães (19,5%), Vila Nova de Famalicão (18,3%), Coimbra (15,2%) e Braga (15,0%)”, lê-se no boletim do INE publicado esta quinta-feira, dia 27 de junho, onde constam dados provisórios relativos ao início de 2024. Mas menores subidas das rendas das casas foram observadas em Gondomar (1,6%) e na Maia (3,4%). Lisboa e Porto também estão no fundo da tabela dos aumentos.
Onde é mais barato arrendar casa? E mais caro?
Estes são os cinco municípios, entre os 24 mais populosos do país, que apresentam as rendas das casas mais elevadas no início de 2024:
- Lisboa apresentou a maior renda mediana (15,25 euros/m2), embora uma taxa de variação homóloga (4,9%) inferior à nacional (10,5%);
- Cascais foi o segundo município que apresentou a renda mais elevada (14,47 euros/m2), a qual terá subido 10,9% num ano;
- Oeiras está em terceiro lugar com uma renda mediana de 13,35 euros/m2, resultado do aumento anual de 12,7%;
- Porto é o quarto município com as rendas mais elevadas (12,13 euros/m2). Valor cresceu 7,2% entre o início de 2024 e o mesmo período do ano anterior;
- Almada é o concelho que tem a quinta renda mais alta, de 11,41 euros/m2, valor que se fixou depois de ter aumentado 14,4% num ano.
Já as rendas das casas mais acessíveis neste conjunto de 24 municípios mais habitados encontram-se em Santa Maria da Feira (5,23 euros/m2), em Barcelos (5,26 euros/m2) e em Vila Nova de Famalicão (5,31 euros/m2), mostram os dados do INE.
De notar ainda que, no início de 2024, “oito dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes apresentaram taxas de variação homóloga do número de novos contratos superiores à nacional (0,9%), destacando-se Vila Franca de Xira (20,6%) com a maior variação”, revela o documento. Mas o número de novos contratos de arrendamento diminuiu em 13 municípios, evidenciando-se o Funchal (-11,5%), Oeiras (-11,4%), Seixal (-10,9%), Guimarães (-10,6%) e Sintra (-10,0%).
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