Viver sozinho em Portugal representa um grande desafio nos dias de hoje, para muitas pessoas, devido às altas rendas praticadas sem o acompanhamento real dos salários. E, para muitos estudantes universitários, profissionais deslocados ou quem passa por situações pessoais como uma separação, surge um grande dilema: arrendar um estúdio ou um quarto numa casa partilhada. A verdade é que as diferenças económicas entre os dois continuam a ser bastante significativas, sendo que a privacidade de um estúdio face a arrendar um quarto acaba por sair duas vezes mais cara. Esta é a conclusão da mais recente análise do idealista, que mostra que a renda média de um estúdio foi de 900 euros no segundo trimestre deste ano, enquanto a renda de um quarto foi de 450 euros.
No segundo trimestre de 2024, a renda média de um quarto em Portugal situava-se nos 450 euros, enquanto a renda de um estúdio custava 900 euros (em média). Ou seja, arrendar um estúdio no nosso país sai duas vezes mais caro do que optar pelo arrendamento de um quarto, revela a análise realizada pelo idealista. Ambos os produtos imobiliários registaram um aumento de preço no último ano, com os quartos a tornarem-se 12,5% mais caros e os estúdios a apresentarem um acréscimo igual de 12,5%.
Ao nível das capitais de distrito (com amostras significativas), verifica-se que a maior diferença de preço entre quartos e estúdios foi registada em Vila Real, onde os estúdios são 117% mais caros. Segue-se Funchal (112,5%), Porto (112,4%), Coimbra (100%), Lisboa (100%), Aveiro (94,4%), Braga (92%), Setúbal (91,8%) e Évora (88,4%).
As cidades que apresentam as menores diferenças de preços entre estúdios e quartos são: Portalegre (os estúdios são 45,8% mais caros do que os quartos), Faro (50% mais caros), Leiria (78,6%) e Viseu (80%).
Os quartos e os estúdios não são uma tipologia comum em muitas capitais de distrito portuguesas e, por isso, não foi possível obter dados estatisticamente fiáveis em todas as grandes cidades do país, impossibilitando a comparação das variáveis.
Renda dos quartos estão a subir na maioria das cidades
Das 13 capitais de distrito com dados disponíveis, salta à vista que o Funchal foi a cidade onde o preço dos quartos para arrendar mais aumentou no último ano, com uma subida de 60%. Seguem-se Faro (33%), Aveiro (29%), Viseu (25%), Setúbal (22%), Évora (20%), Porto (17%), Braga (17%), Leiria (12%), Coimbra (7%), Lisboa (6%) e Vila Real (2%). Os preços dos quartos apenas desceram em Portalegre (-4%).
Lisboa é a cidade mais cara para arrendar quarto, custando 550 euros mensais, seguida pelo Porto (445 euros/mês), Funchal (400 euros/mês), Faro (400 euros/mês) e Setúbal (365 euros/mês). Seguem-se Aveiro (360 euros/mês), Braga (350 euros/mês), Évora (335 euros/mês) e Coimbra (300 euros/mês).
Por outro lado, Vila Real é a cidade mais barata para arrendar quarto, custando 235 euros/mês, seguida por Portalegre (240 euros/mês), Viseu (250 euros/mês) e Leiria (280 euros/mês).
Arrendar estúdio: preços sobem, mas a menor ritmo…
Também o custo de arrendar um estúdio está a aumentar em 9 das 13 capitais de distrito. Mas verifica-se que estes crescimentos das rendas não foram estão acentuados como no caso dos quartos no último ano.
Coimbra foi onde o preço dos estúdios mais encareceu no último ano, tendo aumentado 14%, situando o preço médio em 600 euros por mês. Segue-se o Funchal (13%), Braga (12%), Lisboa (10%), Setúbal (8%), Aveiro (8%) e Porto (5%). As menores subidas anuais da renda dos estúdios foram observadas em Évora (2%) e Vila Real (2%).
Por outro lado, o preço dos estúdios desceu em Faro (-37%), Leiria (-17%), Portalegre (-13%) e em Viseu (-4%), mostra ainda a análise do idealista.
É em Lisboa onde se encontram os estúdios mais caros para arrendar em Portugal, custando em média 1.100 euros por mês. Seguem-se o Porto (945 euros/mês), Funchal (850 euros/mês), Setúbal (700 euros/mês), Aveiro (700 euros/mês), Braga (672 euros/mês), Évora (631 euros/mês), Coimbra (600 euros/mês), Faro (600 euros/mês) e Vila Real (510 euros/mês).
Os estúdios mais baratos para arrendar encontram-se em Portalegre (350 euros/mês), Viseu (450 euros/mês) e Leiria (500 euros/mês).
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