
Passar muitas horas sentado, seja no escritório ou em teletrabalho, tornou-se hábito comum, mas também um risco para a saúde muscular. Os especialistas alertam para o aumento de problemas como a "síndrome do rabo morto", uma condição que afeta os músculos dos glúteos devido à falta de movimento prolongada. Essa inatividade pode provocar dores, fraqueza muscular e até lesões a longo prazo.
"A inatividade prolongada leva a uma diminuição da massa muscular, o que seria a consequência direta a nível muscular de passar muitas horas sentado, o que pode ser transferido a longo prazo para menos força e resistência", explica Ana Carabel, do centro de fisioterapia Quiron, ao El País.
"Há também um desequilíbrio muscular porque, por exemplo, a região dorsal ou lombar está em constante tensão e, por outro lado, outros músculos muito importantes, como os glúteos ou isquiotibiais, tendem a enfraquecer", acrescenta a especialista.

Esta doença traduz-se em "síndrome da amnésia glútea" ou, mais coloquialmente, "síndrome do rabo morto" ou "rabo do trabalhador de escritório", e é um dos efeitos derivados de passar boa parte do nosso dia a dia sentado. Em que consiste? Quando nos sentamos, as nádegas estão em posição de alongamento e se isso for mantido por muito tempo, o músculo pode "esquecer" a sua ativação subsequente, daí o nome "amnésia glútea", tal como explica o jornal.
Essa "perda de memória" não afeta apenas o rabo, mas também pode desencadear dor em outras partes do corpo, nomeadamente nas costas, nas ancas ou mesmo nos joelhos. Todos estes podem danos colaterais sofridos pelos músculos que acabam por assumir funções que deveriam ser executadas pelas nádegas “amnésicas”.

Do treino de força à postura (e ter uma boa cadeira)
É importante, por isso, adotar medidas para reduzir os impactos de passar tanto tempo sentado. O treino de força será muito eficaz no alívio das dores musculares gerais causadas por longos dias no escritório, independentemente da "condição física ou idade", mas sempre adaptado às necessidades de cada pessoa.
Depois, é fundamental adotar uma postura correta para evitar ou minimizar problemas musculares. Mas sem uma cadeira adequada, pouco pode ser feito. A cadeira de escritório ideal, explica Lina Jiménez, técnica de comunicação e eventos da Actiu, empresa espanhola especializada em mobiliário para empresas, "deve ser ergonómica, ajustável em altura e encosto, oferecer um bom apoio lombar, ter apoios de braços e adaptar-se à morfologia e movimentos do corpo.

Além disso, durante o dia, para reduzir o risco de doenças musculoesqueléticas, como lombalgia e contraturas, os especialistas recomendam aos trabalhadores reservar algum tempo para esticar as pernas e movimentarem-se o máximo possível. O ideal será fazer pausas ativas a cada 30-60 minutos para ativar os músculos e melhorar a circulação, promovendo a mobilidade. Passar o dia de trabalho agarrado ao computador, comendo em frente ao ecrã sem mexer o corpo não aumentará a produtividade, muito pelo contrário.
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