Está um curso na Câmara do Porto um pedido de licenciamento para transformar a casa do poeta numa unidade hoteleira.
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Futuro da casa onde nasceu Garrett
Casa onde nasceu Almeida Garrett, no Porto Google Maps

Foi há cerca de cinco anos que a casa onde nasceu Almeida Garrett, no centro do Porto, ficou destruída por um incêndio. E, agora, há um pedido de licenciamento em curso para ali ser construída uma unidade hoteleira. Mas há quem não aceite que a antiga casa do poeta português seja convertida num hotel, tendo sido lançada uma petição pública para travar a sua construção.

O futuro da casa onde nasceu Almeida Garrett em 1799 (e viveu até 1804) continua incerto. Depois do incêndio ter destruído, em 2019, o interior do número 37 da Rua Doutor Barbosa de Castro, a Câmara do Porto tentou comprar o imóvel com identidade histórica e cultural (e os dois edifícios contíguos). Mas não chegou a acordo com o proprietário por pedir 4 milhões de euros pelo prédio, um valor bem acima da proposta do município (1,5 milhões de euros).

Com a autarquia da Invicta a deixar de exercer o direito de preferência sobre a casa de Garrett, os proprietários acabaram por decidir o rumo do imóvel. De acordo com a própria Câmara do Porto, está em curso um pedido de licenciamento de uma obra de alteração e ampliação do imóvel, propondo a construção de habitação coletiva (11 fogos) e ainda duas unidades de comércio/serviços, escreve o Público.

Há quem não se conforme que a antiga casa do poeta venha a ser convertida numa unidade hoteleira. Há mais de uma semana, o Teatro Plástico, vários moradores e a Cooperativa Árvore uniram-se numa ação de protesto sobre o futuro deste prédio cultural. E também foi lançada uma petição online para travar a construção do hotel na casa onde nasceu Almeida Garret, que já conta com mais de 1.300 assinaturas.

Questionada pelo mesmo jornal se poderá voltar atrás e transformar esta casa num equipamento cultural (como o Museu do Liberalismo que havia sido ponderado), a autarquia do Porto voltou a afirmar que o valor de venda proposto pelos donos era “incomportável” para o município, e que agora “não tem como impedir o licenciamento do espaço para uso de serviços (hotel)”, se tudo estiver legal.

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