O mapa de Portugal mostra uma enorme amplitude das rendas das casas em 2024. Começam nos 2,5 euros/m2 em Vila Flor (distrito de Bragança), que é o município mais barato do país. E chegam mesmo aos 15,93 euros/m2 em Lisboa, o concelho mais caro de todos. Esta disparidade evidencia uma heterogeneidade dos preços das casas para arrendar em Portugal, que tendem a ser muito superiores no litoral, onde há maior procura. Este mapa preparado pelo idealista/news mostra quanto custa arrendar casa em cada município tendo por base os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Ao longo de 2024, foram selados um total de 98.657 novos contratos de arrendamento em Portugal, mais 4,5% face ao ano anterior. Uma vez mais, “o município de Lisboa registou o maior número de contratos de arrendamento do país (9.463)”, destaca o INE no boletim publicado esta sexta-feira, dia 28 de março. Também em destaque estão outros três municípios com mais de 3.000 contratos de arrendamento assinados no último ano: Porto (4.854), Vila Nova de Gaia (3.353) e Sintra (3.107).
Dos 212 concelhos com dados disponíveis – de um universo de 308 municípios -, só em 25 foram arrendadas mais de 1.000 casas em 2024, totalizando 53.868 contratos de arrendamento (quase 55% do total nacional). Claro está que estes municípios situam-se, sobretudo, no litoral e a maioria apresenta elevadas rendas das casas (todas superiores a 5,5 euros/m2).
A alta procura de casas para arrendar nos concelhos das grandes cidades ou junto ao litoral acabou por dar um impulso à subida das rendas das casas nos últimos anos, elevando-as para os valores mais altos do país. É precisamente na capital onde arrendar casa é mais caro (15,93 euros/m2), e o Porto é o quarto concelho com as rendas mais elevadas (12.58 euros/m2).
A verdade é que 170 dos 212 concelhos com amostra representativa apresentam rendas das casas inferiores à mediana do país (7,97 euros/m2). E, destes, em 97 municípios o custo mediano de arrendar casa é inferior a 5 euros/m2. Ou seja, é possível arrendar uma habitação de 100 metros quadrados (m2) por menos de 500 euros mensais.
Por outro lado, os 96 concelhos para os quais não há dados disponíveis situam-se, sobretudo, no interior do país, onde a procura de casas para arrendar é menor e há menos contratos de arrendamento selados (pelo que a amostra não é significativa). Esta fraca dinâmica também acaba por não impulsionar a subida de rendas das casas no interior.
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