
As casas rústicas em Portugal destacam-se pela sua atmosfera acolhedora e natural, com história, bem como pelo uso de materiais como madeira, pedra e tijolos. E podem ser uma ótima oportunidade para quem procura viver ou ter uma segunda casa num ambiente mais tranquilo e a preços mais económicos. Mas encontrar casas rústicas para comprar no nosso país pode revelar-se um desafio para as famílias e investidores, desde logo porque representam apenas 6% dos imóveis à venda no idealista no primeiro trimestre de 2025, seja recuperadas ou para um projeto de reabilitação. E só 24% das habitações anunciadas no marketplace como "casa rústica" têm um preço inferior a 100.000 euros, revela a análise de dados realizada pelo idealista.
A verdade é que, em termos de oferta, muito varia de distrito para distrito o peso das casas rústicas com preços até 100 mil euros sobre o total de habitações deste tipo – categoria essa que, note-se, contempla moradias unifamiliares, com ou sem terrenos incluídos.
Em Setúbal, por exemplo, apenas 1% das casas rústicas à venda tem um preço inferior a 100.000 euros, uma percentagem que sobe para 7% no caso de Lisboa. Também há baixa relevância de casas rústicas económicas sobre o total de habitações desta categoria em Évora (8%), Faro (9%), ilha da Madeira (9%), Porto (13%), Braga (13%), Beja (15%), ilha de São Miguel (17%), Aveiro (20%) e Portalegre (22%).
Acima da média nacional encontram-se Viana do Castelo (28%), Santarém (30%), Vila Real (36%), Viseu (38%), Leira (38%) e Coimbra (47%). O top 3 de distritos com mais casas rústicas por menos de 100.000 euros é constituído por Bragança (50%), Guarda (58%) e Castelo Branco (61%), revela a mesma análise do idealista que tem como referência os anúncios publicados durante o primeiro trimestre do ano.
Casas rústicas pesam apenas 6% nos imóveis à venda
O mercado de casas rústicas (independentemente do preço) não é o mais predominante no parque imobiliário português, representando cerca de 6% da oferta total de imóveis à venda no idealista.
O distrito de Faro concentra 9% de toda a oferta de imóveis rústicos disponível a nível nacional, seguido pelos distritos do Porto (8%), Castelo Branco (8%), Setúbal (8%), Braga (6%), Viseu (6%), Beja (6%), Évora (6%), Santarém (6%) e Lisboa (6%).
Em Viana do Castelo, a oferta representa apenas 5% do total nacional, seguindo-se Portalegre (4%), Coimbra (4%), Guarda (3%), Leiria (3%), Aveiro (3%) e Vila Real (3%). No distrito de Bragança, encontra-se 2% da oferta de casas rústicas à venda, enquanto a ilha da Madeira representa 1%.
Já na ilha de São Miguel, o mercado de imóveis rústicos é tão reduzido que o seu peso estatístico no total nacional é considerado insignificante.
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