O mercado global de arrendamento de luxo registou uma estabilização do crescimento do preço. Numa análise efetuada em 16 cidades de vários continentes, conclui-se que, no primeiro trimestre de 2025, o preço destas rendas prime apenas cresceu, em média, 3 por cento (%).
Esta é a conclusão da mais recente edição do relatório Prime Global Rental Index da Knight Frank, parceira da Quintela + Penalva no nosso país, que revela também que este foi o pior desempenho da taxa de crescimento das rendas de luxo desde o início de 2021, aquando da pandemia do Covid-19. Contudo, ainda durante esse mesmo ano houve uma acentuada recuperação, atingindo um pico de +10,7% nos primeiros três meses de 2022. A partir daí, o crescimento foi desacelerando de forma gradual, chegando mesmo a abrandar de 8,5% para 2,3% entre o 4º trimestre de 2022 e o 4º trimestre de 2024.
O ligeiro aumento de 3% registado este ano revela uma dinâmica renovada em mercados selecionados, pese a inflação e a diminuição gradual das taxas de juro.
“Os nossos dados mais recentes apontam para uma fase mais madura do ciclo de arrendamento nos mercados prime globais”, destaca, em comunicado, Liam Bailey, global head of research da Knight Frank. O responsável acrescenta que, “embora a procura permaneça resistente nos principais centros, a rentabilidade é mais moderada e os investidores devem ter cada vez mais em conta a inflação, o risco cambial e os fatores regulamentares locais ao avaliarem o desempenho deste tipo de investimento.
Já Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva l Knight Frank, sublinha que “o mercado de arrendamento está em alta e a evolução dos preços no segmento prime confirma que há mais procura que oferta, o que se traduz num mercado forte para investidores na ótica do buy-to-rent”.
Mercados americanos e asiáticos com o maior crescimento
Foi nos Estados Unidos e na Ásia que se verificou o maior crescimento no mercado global de rendas prime ao longo dos últimos 12 meses. Los Angeles registou um crescimento de +7%, Hong Kong de +6,5% e Tóquio de +6,1%.
Merecem também destaque os mercados das cidades do Mónaco (+5,1%), Berlim (+4,9%) e Frankfurt (+4,7%).
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