O mercado residencial dos EUA parece estar a dar boa resposta à incerteza causada pela pandemia da Covid-19. Em Los Angeles, por exemplo, a venda de casas por preços superiores a 10 milhões de dólares (8,2 milhões de euros) aumentou 26% num ano, em 2020 face a 2019. E mais: foram transacionados 155 imóveis, mais que os 123 verificados no ano anterior. Em causa estão dados da consultora imobiliária Knight Frank.
Ainda assim, segundo a mesma fonte, o preço médio de venda de casas em Los Angeles caiu de 20 para 17 milhões de dólares num ano. De referir, no entanto, que o crescimento dos preços no segmento ‘prime’ continua forte, tendo-se verificado um aumento de 8% em 2020 – há 10 anos consecutivos que os preços está a subir.
“Um ano após o início da pandemia, os contratos assinados em Los Angeles aumentaram 39% face ao ano anterior, confirmando-se que a cidade” está na mira dos compradores, disse Kate Everett-Allen, chefe de investigação residencial internacional da Knight Frank, adiantando que vivem na cidade norte-americana 5.507 pessoas com património líquido ultra-alto (Ultra-high-net-worth individuals/ (UHNWIs na sigla original).
Com procura de casas alta há construtoras a rejeitar pedidos
Entretanto, e segundo escreve a Bloomberg, a procura desenfreada de casas nos EUA é tão elevada, mesmo com os custos da construção a subir a um ritmo acelerado, que os construtores estão a ficar sobrecarregados, tendo inclusive de rejeitar pedidos e de alterar os respetivos preços fixos.
A agência refere, por exemplo, que as empresas do setor D.R. A Horton Inc. e Lennar Corp. têm feito leilões silenciosos em algumas zonas do país, nomeadamente no Texas, na Flórida e no sul da Califórnia.
Segundo a Bloomberg, a consequência de todo este cenário está à vista: os preços das casas, que já atingem níveis inacessíveis para muitos norte-americanos, devem continuar a subir.
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