Querem o fim das compras de dívida no verão para avançar com uma subida das taxas de juro no 3º trimestre dada a alta inflação.
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Juros a subir
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Lusa

Alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) defendem o fim das compras de dívida no verão para abrir caminho a um aumento das taxas de juro no terceiro trimestre, devido à subida acentuada da inflação.

De acordo com as atas da reunião de 10 de março -  publicadas esta quinta-feira, dia 7 de abril de 2022 - alguns membros do conselho do BCE consideraram que a manutenção da opção no que respeita à compra de dívida teria os seus custos.

"Alguns membros preferiram estabelecer uma data fixa final para a compra de ativos (APP) no verão e não condicionar essa data a acontecimentos em desenvolvimento", explica o BCE na ata.

"Isto poderia abrir caminho para uma possível subida das taxas de juro no terceiro trimestre deste ano, tendo em conta a deterioração das perspetivas de inflação", de acordo com o documento do BCE.

Como resultado, alguns membros do BCE consideraram que a preservação das opções no que diz respeito à compra de dívida "não é isenta de custos", especialmente quando se considera o risco de ficar para trás.

No entanto, outros membros favoreceram em março uma postura de esperar e ver devido ao aumento da incerteza criada pela guerra na Ucrânia.

A guerra implica "uma mudança considerável no quadro macroeconómico desde a reunião de fevereiro e cenários alternativos sugeriram que a zona euro pode cair numa recessão técnica nos trimestres de verão", acrescenta o BCE nas atas da reunião de março.

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