Jovens trabalham e são autónomos. Mas os donos das casas para arrendar em Milão recusam-se assim que sabem da sua condição.
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Procura de casa por pessoas com deficiência
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Encontrar um lar para viver não é tarefa fácil para as famílias, já que os preços estão elevados e a oferta é escassa. Mas para um casal possui síndrome de Down está a tornar-se numa verdadeira missão impossível. Paolo e Carlotta procuram uma casa para arrendar em Milão, Itália, há mais de um ano. Mas assim que os proprietários se inteiram da sua doença, estes jovens recebem um não como resposta. Isto apesar de ambos serem autónomos e terem um contrato de trabalho permanente.

Paolo, de 35 anos, mora com a mãe em Cinisello Balsamo, perto do restaurante onde trabalha. E Carlotta, de 39 anos, vive num apartamento com outros jovens com síndrome de Down. Nesta casa, a jovem aprendeu a ser completamente independente, a fazer as compras, a ir ao médico e a apanhar transportes públicos. Ela, tal como Paolo, são completamente autónomos, contam ao jornal italiano Corriere.

Mas a sua autonomia parece não ser suficiente para merecer a confiança dos senhorios. A mãe de Carlotta conta que, uma vez, o casal jovem quase conseguiu arrendar uma casa juntos, mas na hora de fazer a transferência de 3.600 euros os proprietários voltaram atrás com a palavra e o negócio não foi avante. Nesta busca por um lar , estes jovens ouviram uma proprietária de um apartamento localizado no quarto andar a afirmar os seus “receios”: "Não posso arriscar que eles se atirem pela janela", disse.

Nesta missão de encontrar uma casa para arrendar em Milão, os jovens estão a receber apoio do Círculo Cultural de Porta Romana (CCPR), que reconhece que o verdadeiro motivo para este casal não encontrar casa para arrendar é a sua deficiência e não os preços elevados que são praticados no mercado de arrendamento desta cidade italiana. O Clube é uma organização sem fins lucrativos, ativa desde 2000 na área de Milão, que tem como prioridade ajudar os jovens a desenvolver a sua autonomia, conhecimento cultural, habilidades e a sua identidade.

Quem quiser ajudar Paolo e Carlotta a encontrar uma casa para arrendar em Milão pode escrever para o CCPR (portaromana.circolo@gmail.com).

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