O preço da habitação de luxo varia muito de cidade para cidade – e de país para país. Isso mesmo é demonstrado na mais recente edição do “Prime International Residential Index” da Knight Frank, que indica quantos metros quadrados (m2) ‘prime’ podem ser comprados com um milhão de dólares (920.000 euros) em 20 cidades (não há portuguesas na lista). Mónaco (17 m2), Hong Kong (21 m2) e Nova Iorque (33 m2) encontram-se nos três primeiros lugares do pódio, sendo, desta forma, as localizações mais caras do mundo para comprar uma casa de luxo.
Os dados da consultora imobiliária permitem concluir que o Mónaco, além de ser o mercado residencial mais caro do mundo, beneficiou de certa forma da força que o dólar norte-americano ganhou no último ano, devido à crise económica instalada com a guerra na Ucrânia. Ou seja: os investidores/compradores “ganharam” 2 m2 na compra de uma casa de luxo no principado, podendo agora comprar uma casa de 17 m2 com um milhão de dólares.
A completar o top cinco do ranking, e depois de Hong Kong e Nova Iorque (EUA), encontram-se Singapura e Londres (Reino Unido), onde é possível comprar, com um milhão de dólares, um imóvel com 34 m2.
Há outras cinco cidades onde as habitações ‘prime’ são vendidas a “preço de ouro”, apesar de serem de pequena dimensão (terem menos de 50 m2):
- Genebra, na Suíça (37 m2);
- Los Angeles, nos EUA (39 m2);
- Paris, em França (42 m2);
- Sydney, na Austrália (44 m2);
- Xangai, na China (44 m2).
O maior crescimento do preço ‘prime’ da habitação no último ano ocorreu no Dubai (44%), sendo agora possível, com um milhão de dólares, comprar uma casa com 105 m2, apenas menos 1 m2 que em Madrid (Espanha).
Na cauda da lista, entre as 20 cidades analisadas, está a cidade brasileira de São Paulo, onde é possível comprar, por um milhão de dólares, uma casa com 231 m2.
Nova Iorque é a cidade mais atrativa
Os dados da Knight Frank mostram ainda que Nova Iorque (com 244 operações) continua a ser o mercado mais ativo no que diz respeito a transações de residenciais de luxo, ou seja, aquele que ultrapassa os 10 milhões de dólares (9,1 milhões de euros).
Seguem-se na lista, por esta ordem, Los Angeles (225) e Londres (223). Singapura e Hong Kong são, por seu turno, os mercados asiáticos mais ativos, com mais de 120 casas de luxo vendidas.
O preço médio da habitação de luxo aumentou 5,2% a nível global, encontrando-se 35% acima de 2009, o mínimo atingido durante a última crise financeira. Os preços não pararam de subir desde então, à média de 1,6% até à pandemia da covid-19. Mas nestes últimos dois anos, a habitação “prime” disparou: 8,4% em 2021 e, como mencionado em cima, 5,2% no ano passado.
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