Famílias estão preocupadas com recessão e veem nos imóveis de luxo uma “proteção valiosa contra a inflação”, aponta relatório.
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Comprar casas de luxo
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O mercado imobiliário já tem dado provas da sua resiliência, primeiro na crise pandémica e, agora, no contexto de inflação marcado pela guerra da Ucrânia. A compra de imóveis de luxo tem estado dinâmica na primeira metade de 2022, o que sugere que este tipo de investimento é um refúgio para as famílias com alto rendimento contra a inflação, que atingiu os 8,9% em agosto. Tudo indica, portanto, que a procura por casas de luxo vai continuar em alta, conclui o relatório publicado esta sexta-feira, dia 16 de setembro, pela Christie’s International Real Estate.

Numa análise ao imobiliário de luxo, a rede imobiliária internacional conclui que o mercado encontra-se, hoje, num “importante ponto de maturação após um ano inédito de 2021 e um primeiro semestre de 2022 de grande dinâmica”, lê-se na publicação enviada às redações. Isto quer dizer que dois anos depois do choque inicial da pandemia, o mercado imobiliário premium vai chegar a um momento de estabilização e regressar gradualmente a “níveis normais”, semelhantes a 2019.

“Em 2021, tivemos a maior faturação de sempre da empresa e 2022 tem sido um ano muito positivo e de grande dinâmica, com um crescimento acentuado de 65% (em vendas e arrendamentos) face ao ano passado, onde as vendas têm um enfoque especial”, nota Rafael Ascenso, diretor geral da Porta da Frente Christie’s, representante da marca nas regiões da Grande Lisboa e Alentejo, citado no documento.

Investir em casas de luxo
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Como é que o imobiliário de luxo pode ser proteger as famílias da inflação?

A procura por imóveis de gama alta está a crescer. E “o número de transações de imóveis do segmento médio alto e alto no primeiro semestre do ano provaram que o investimento nos chamados 'hard assets' podem ser uma das melhores opções contra a inflação”, referem os especialistas da Christie's International Real Estate. Isto acontece, porque, muitas famílias com alto rendimento e património estão hoje preocupadas com a possibilidade de haver uma recessão a curto prazo e veem o setor imobiliário residencial como uma “salvaguarda fundamental”, uma “proteção valiosa contra a inflação”.

“Para quem tem hoje poupanças disponíveis não há melhor solução do que retirar o dinheiro do banco e investir em imobiliário. Imaginemos um investidor ou família com um milhão de euros disponíveis, com uma inflação de 7%, vai perder 5.000 euros por mês se não aplicar este montante num ativo rentável. O mesmo acontece com os estrageiros que têm o mesmo problema de inflação e que encontram em Portugal um mercado imobiliário maduro a um preço muito inferior aos seus países de origem”, acrescenta Rafael Ascenso.

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