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Turismo faz disparar rendas prime nas lojas da Baixa de Lisboa e Porto
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O crescimento do turismo em Lisboa e no Porto está a beneficiar o comércio de rua nas duas cidades, sobretudo nas zonas mais centrais, já que, em 2015, as rendas prime nas lojas dispararam. As rendas de retalho na Baixa de Lisboa encerraram o ano nos 85 euros por m2 por mês, o que representa um crescimento de 42% face a 2014, enquanto na rua de Santa Catarina, na Baixa do Porto, a renda prime para as lojas alcançou os 50 euros por m2 por mês, praticamente o dobro face ao período homólogo.

Em causa estão dados que constam no último Market Pulse da consultora imobiliária JLL, referente ao quarto trimestre de 2015.

“A Baixa de Lisboa é a zona comercial da cidade que mais tem beneficiado com o turismo e, como é junto deste público que muitos retalhistas querem estar, temos vindo a assistir a um crescimento da procura por lojas, especialmente na rua Augusta [e isso tem-se refletido no gradual aumento de rendas ao longo de 2015]”, disse Patrícia Araújo, Head de Retail da JLL Portugal, em comunicado.

Já o Porto “também está no radar dos retalhistas”, explicou a responsável salientando que a rua de Santa Catarina “tem sido muito procurada”. “Em resultado, as rendas têm registado um aumento muito expressivo, embora seja de assinalar que a base era relativamente baixa”, explicou.

No caso de Lisboa, além da Baixa, as rendas subiram também no Chiado (9% para os 120 euros por m2 por mês), na Avenida da Liberdade (6% para os 90 euros por m2 por mês) e no Príncipe Real (14% para os 40 euro por m2 por mês). Já na rua Castilho as rendas recuaram (33% para os 30 euros por m2 por mês), o que se deve à diminuição da procura por este destino e à saída de algumas marcas, justificou a JLL.

No Porto, além da rua de Santa Catarina, também está a surgir procura pela zona dos Clérigos e dos Aliados, onde começam a aparecer algumas unidades de comércio com um posicionamento premium.

Segundo Patrícia Araújo, em 2016, “a grande nota do comércio de rua vai para o Porto”. “Prevemos que a mudança e renovação que se verifica desde há alguns anos neste tipo de comércio em Lisboa chegue em força à Invicta, muito graças ao turismo que está em crescimento na cidade e que está a ter um impacto muito positivo na performance deste segmento, quer em termos reais quer em termos do potencial que ainda pode concretizar-se”, concluiu.

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