A Associação de Turismo de Lisboa pretende reabilitar e modernizar o Pavilhão Carlos Lopes, abandonado há vários anos, até ao final do próximo ano, tornando-o num espaço para o turismo cultural, eventos culturais e deportivos. “O objetivo é requalificar o pavilhão até ao Natal do próximo ano, é uma altura em que há muitos eventos e muitas festas”, explicou o diretor-geral da ATL, Vítor Costa.
A Câmara Municipal de Lisboa discute hoje (dia 17) a constituição, por 3,5 milhões de euros, de um direito de superfície sobre o Pavilhão Carlos Lopes a favor da ATL, que o requalificará. O espaço, que foi criado na década de 1920 para celebrar o 100º aniversário da independência do Brasil, foi encerrado por falta de condições de segurança em 2003.
Segundo Vítor Costa, a requalificação do pavilhão visa torná-lo num espaço para eventos culturais, desportivos, musicais e até para jantares. “Vamos utilizá-lo para a vocação que sempre teve, mas agora modernizado”, disse, em declarações à Lusa.
O também presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa adiantou que as obras assentam, numa primeira fase, em “demolições a fazer nas partes interiores, como as bancadas, que estão obsoletas”.
Será depois intervencionada “a sala propriamente dita”, que vai deixar de ter pilares e vai levar uma nova cobertura, para que fique “ampla, digna e com acesso para pessoas com mobilidade reduzida”, explicou Vitor Costa, salientando que a zona exterior também vai ser remodelada, com melhores acessos ao Parque Eduardo VII – através de uma nova escadaria – e ao estacionamento existente.
Ao todo, as obras vão significar um investimento de oito milhões de euros, aos quais acrescem 500.000 euros em equipamentos como mobiliário.
Na proposta assinada pelo vereador do Urbanismo da autarquia, Manuel Salgado, lê-se que “o direito de superfície a constituir destina-se exclusivamente à realização de obras de reabilitação daquele local (Pavilhão Carlos Lopes) e da respetiva área envolvente, para possibilitar a realização de eventos, nomeadamente de caráter cultural, artístico e desportivos levados a cabo pela ATL”.
Por isso, o executivo municipal vai debater a desafetação do domínio público para o domínio privado municipal, bem como a constituição de um direito de superfície sobre uma área de 12,9.000 m2 pelo prazo de 50 anos e por cerca de 3,5 milhões de euros.
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