
A Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação retirou a imunidade parlamentar Paulo Macedo. Após esta decisão a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu que o ex-ministro da Administração Interna será constituído arguido quando for ouvido no âmbito do processo dos vistos gold.
"O Ministério Público (MP) solicitou o levantamento da imunidade para a constituição de arguido. Quando for ouvido no âmbito do processo, será constituído arguido, nos termos do Código de Processo Penal", disse a PGR, em declarações à Lusa.
O esclarecimento foi dado no mesmo dia em que a Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação decidiu levantar a imunidade a Miguel Macedo, para que o atual deputado do PSD possa ser ouvido como arguido no âmbito do processo conhecido como Operação Labirinto.
Segundo o Público, Miguel Macedo é suspeito de três crimes de prevaricação de titular de cargo político e um de tráfico de influências. A imunidade parlamentar foi levantada por força obrigatória de lei, tendo por base o estatuto dos deputados, já que os crimes que são imputados pelo MP a Miguel Macedo configuram uma moldura penal de oito anos, de acordo com fonte parlamentar.
Só quando os crimes têm uma pena inferior a três anos de prisão é que a autorização é decidida pelo voto dos partidos, escreve a publicação.
O ex-ministro demitiu-se do Governo em novembro do ano passado, tendo deixado o Executivo porque considerou que a sua autoridade ficou diminuída na sequência das investigações que na altura estavam em curso relativas à concessão de vistos gold.
O caso dos vistos gold, que envolveu buscas e 11 detenções, investiga indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.
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