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bancos nunca emprestaram tão pouco para comprar casa

pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar sai hoje mais dispendioso que há dois meses, antes da entrada da "troika" no país. segundo as contas do jornal i, os "spreads" no crédito à habitação aumentaram – de 4,4% para 5% - desde que foi pedida ajuda financeira externa, com os 12 maiores bancos a subir a respectiva taxa de juro. na prática, comprar casa custa mais 50 a 80 euros por mês face a abril

de acordo com o jornal i, que se baseia nas condições oferecidas por 12 bancos que analisou – cgd, bcp, bes, bpi, santander totta, montepio geral, barclays, banif, crédito agícola, banco popular, deutsche bank e bbva -, a média do "spread" mínimo cobrado é agora de 2%, quando era de 1,6% no início de abril. para os clientes com maior perfil de risco, o custo médio aumentou de 4,4% para 5%

os números ganham outra força quando traduzidos para euros. em abril, e tendo por base um crédito de 150 mil euros, a amortizar em 30 anos, um cliente que pedisse um empréstimo para a compra de casa e beneficiasse de um "spread" médio de 1,6% teria uma prestação mensal de 639 euros. actualmente, com o custo médio de 2%, a mensalidade ronda os 691 euros, mais 52 euros. nos clientes com maior perfil de risco, o aumento é ainda maior: com um "spread" médio de 4,4%, a prestação era de 880 euros, hoje, com os "spreads" a 5%, regista-se um aumento de 80 euros, para 968 euros por mês

entre os bancos analisados, o deutsche bank foi aquele que teve o maior aumento desde a entrada do fmi, subindo de 1,3% a 3,5%: está entre 2% e 5,25%. sublinhe-se que antes do pedido de ajuda externa, só o banco popular tinha um juro máximo acima de 5%, um cenário que se modificou bastante, já que actualmente há cinco bancos com um "spread" superior a esse valor. no caso do banco popular, chega a cobrar-se 6,75%

em situação contrária está o banco público, a cgd. segundo o jornal i, após várias alterações nos preçários, os patamares mínimos e máximos dos "spreads" da entidade estão iguais aos praticados na véspera do pedido de ajuda: a cgd cobra no mínimo 1,7% por um crédito à habitação e no máximo 4,5%

 

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