CBRE: transacionados 500.000 m2, o equivalente a 50 estádios de futebol

Pelo terceiro ano consecutivo, a CBRE voltou a bater recordes, registando um crescimento de 22% face a 2016. Destaca-se a transação de cerca de 500.000 metros quadrados (m2), o equivalente a 50 estádios de futebol, e a abertura de um novo escritório no Porto, com oito colaboradores. A consultora imobiliária começa o ano com vários processos em fase de negociação, que se deverão concluir nos próximos seis meses, com um valor de mercado de quase 1.000 milhões de euros.

Para Francisco Horta e Costa, diretor geral da CBRE, “este foi um ano particularmente positivo, não só em termos de resultados, como também em termos das soluções apresentadas a clientes através de uma equipa de 150 colaboradores altamente qualificados”. “De facto, o mercado português regista uma dinâmica extraordinária, mas com ela surgem também novos desafios relacionados com a multidisciplinariedade, ao que a equipa CBRE conseguiu corresponder a 100%”, disse o responsável, em comunicado.

Sobre os momentos altos do ano 2017, Francisco Horta e Costa sublinhou “a expansão no Porto, escritório que conta já com oito colaboradores, que comprovou ser uma aposta certeira com algumas transações concluídas e várias em pipeline”. Relembrou ainda a venda do portefólio da Tranquilidade, composto por 84 imóveis, e a venda do portfólio de rendimento da Silcoge a um fundo imobiliário da Explorer por mais de 150 milhões de euros.  

Investimento e reabilitação crescem 10%

O ano de 2017 registou um crescimento de 10% na área de Investimento e Promoção/ Reabilitação da CBRE, somando 600 milhões de euros de negócios que envolvem 115 imóveis, com cerca de 300.000 m2. O Top três de transações é encabeçado pela já mencionada venda do portefólio da Silcoge, composto por 13 edifícios, e pelo portfólio da Tranquilidade, constituído por 84 imóveis, bem como a venda de quatro edifícios da Caixa Geral de Depósitos (CGD), composto por três imóveis de escritórios e um residencial. Os especialistas da CBRE acreditam que 2018 vai ficar marcado por um novo volume de investimento recorde.

Colocados 30.000 m2 de escritórios

A consultora esteve envolvida na colocação de 30.000 m2 de escritórios. Neste último ano os setores de atividade mais dinâmicos de escritórios foram os da TMT - Tecnologia, Media e Telecomunicações & Utilities (21%) e os Consultores e Advogados (17%). Em matéria de transações destacam-se os arrendamentos de escritórios para uma empresa tecnológica no Lagoas Park (6.000 m2), para uma entidade bancária na Torre Oriente Colombo (5.700 m2) e para uma empresa farmacêutica no Lagoas Park (4.000 m2). 

Gestão de Ativos alcança os 1,15 milhões de m2

Em 2016, a Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE tinha registado um crescimento de 100%, e em 2017 o departamento voltou a "brilhar", registando um crescimento na ordem dos 30%, sendo agora responsável pela gestão de cerca de 1,15 milhões de m2, em 71 ativos. Dos novos 25 ativos ganhos em 2017, destacam-se o portfolio do fundo imobiliário Explorer I, que inclui, entre outros, o edifício Liberty na Avenida Fontes Pereira de Melo, os Edifícios Álvaro Pais e Santa Maria e o Sintra Business Park.

A maioria dos ativos geridos pela CBRE são da área da Logística (705.000 m2). Seguem-se os Centros Comerciais (225.000 m2), os Escritórios (220.000 m2) e, por fim,  os edifícios de uso misto (8.000 m2).

No que diz respeito às rendas, registaram um crescimento de 31% face a 2016, totalizando os 73 milhões de euros.

O que esperar de 2018?

“Perspetivamos um crescimento grande de espaços de trabalho flexíveis como os coworks e de espaços híbridos ou aceleradores/incubadoras de empresas, como consequência da expansão da economia digital baseada em telemóveis e da evolução tecnológica em geral”, salientou a consultora em comunicado.

“As grandes empresas estão cada vez mais a seguir o modelo das startups no que diz respeito à forma como os espaços de trabalho são desenhados e ocupados, até porque isso é uma exigência da geração millennial, que já não se contenta com um escritório convencional e que está disponível para trocar condições financeiras melhores por um escritório mais atrativo”, concluiu a CBRE.