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Um recorde: investimento em imobiliário comercial cresceu 50% em 2017
Nastuh Abootalebi/Unsplash

O investimento em imobiliário comercial em Portugal cresceu 50% em 2017, para 1.900 milhões de euros, de acordo com dados da consultora JLL. Um valor que supera em 50% os 1.254 milhões transacionados em 2016 e que “projeta o ano de 2017 para um patamar nunca atingido em Portugal”.

Os cerca de 1.900 milhões de euros investidos em imobiliário comercial foram destinados sobretudo aos mercados de retalho (37%) e de escritórios (33%), embora o industrial/logístico tenha este ano mais que quadruplicado o seu peso (para 17%). Protagonizou, de resto, o maior negócio do ano: a compra do portfólio Logicor por um valor situado entre os 250 e 270 milhões de euros.

No retalho, estiveram em destaque a compra do Forum Coimbra e do Forum Viseu (200 a 230 milhões de euros, respetivamente) e do Vila do Conde Outlet (130 a 140 milhões de euros). Abriram 84 novas lojas de rua em Lisboa e dois novos centros comerciais (Évora Shopping e MAR Shopping Algarve).

No segmento escritórios, os maiores negócios do ano incluíram a venda do portfolio Silcoge (140 e 150 milhões de euros) e do edifício Entreposto (65 milhões de euros).

"As rendas, que nos últimos anos se tinham mantido inalteradas, cresceram em torno dos 5%, com o valor 'prime' a ficar agora nos 20 euros por mês por metro quadrado (m2). Para os próximos dois anos estão previstos 105.000 m2 de novos escritórios em Lisboa, num mercado, onde tende a crescer a procura por grandes áreas e por espaços de 'coworking'", adiantou a JLL em comunicado.

O investimento em hotéis também se manteve muito ativo, "com previsão de abertura em 2018 de 18 novas unidades em Lisboa (1.700 quartos) e 19 no Porto (1.300 quartos)", estimou a consultora.

O que esperar de 2018?

De acordo com Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal, “2017 foi um ano espetacular”, sendo que se espera que 2018 seja “um ano de grande atividade que, no mínimo, se manterá em linha com 2017”.

“O interesse internacional por Portugal, enquanto destino para investir, morar, trabalhar ou visitar, vai manter-se muito forte, ao mesmo tempo que os portugueses também estão mais ativos. É uma tendência que afeta positivamente a procura por todos os tipos de imóveis e que terá uma abrangência geográfica cada vez maior, alargando a mercados secundários além de Lisboa, Porto, Algarve”, explicou o responsável.

JLL também bate recordes

Este foi um ano bastante positivo para a consultora, que anunciou ter tido o "seu melhor ano de sempre no país, com um volume de negócios 60% acima do ano anterior".

Um "ano excecional" que "espelha também o contexto económico favorável e que surpreendeu pela positiva", comentou Pedro Lencastre. "A conjugação destes fatores impulsionou o crescimento económico, a confiança internacional, o financiamento e o investimento", concluiu.

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