a confederação empresarial de Portugal (cip) apresentou um estudo – “fazer acontecer a regeneração urbana” – que concluiu que a aposta na reabilitação urbana e na dinamização do mercado de arrendamento pela via de alterações fiscais e legislativas terá um impacto de 900 milhões de euros anuais no pib. ao mesmo tempo, adianta o jornal i, seriam criados 500 mil postos de trabalho nos próximos 20 anos
antónio saraiva, presidente da cip, acredita que algumas das medidas de reabilitação urbana propostas serão aplicadas já no próximo ano. em causa está a criação de benefícios fiscais para a reabilitação de edifícios, alterações à lei do arrendamento, simplificação do processo de licenciamento, isenções relativas ao imt e ao imi para imóveis em regime de arrendamento, taxa reduzida de iva em obras em edifícios habitacionais e mais celeridade nos despejos em caso de incumprimento de rendas
segundo o responsável da cip, o assunto será seguido com atenção pelo executivo, sendo que as medidas estão previstas acontecer a curto prazo. "há condições para que as políticas sejam implementadas em 2011. não querendo ser ambicioso, creio que ainda este ano vão surgir medidas associadas a este estudo", referiu, em declarações citadas pelo diario i
a mesma publicação adiantou que entre 1998 e 2005 foram construídos em portugal 100 mil fogos por ano, quase o dobro da média europeia. Desde os anos 70, "lisboa perdeu 100 mil habitantes por década" e "tem hoje 400 mil veículos a entrar todos os días", lembrou fernando santo, ex-bastonário da ordem dos engenheiros e um dos responsáveis do projecto da cip
o estudo da cip concluiu que há 550 mil fogos devolutos no país, 40% sem necessidade de requalificação e que não entram no mercado de arrendamento. "os portugueses pagam a um banco porque o mercado de arrendamento deixou de existir", explicou fernando santo, adiantando que "sem arrendamento é difícil que a regeneração aconteça"
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