
O preço das casas nos EUA registou em julho uma subida homóloga de 19,7%, voltando, assim, a bater um novo recorde de aumento médio pelo quarto mês consecutivo, apontam os dados do índice S&P Corelogic Case-Shiller. Os maiores aumentos de preços das casas neste período foram registados em Phoenix (32,4%), San Diego (27,8%) e Seattle (25,5%). É preciso recuar a 1988 para ver registos tão elevados neste índice.
O mercado imobiliário na maior economia do mundo continua a registar aumentos anuais que colocam as subidas de preços em máximos históricos desde que o índice S&P Corelogic Case-Shiller fez as suas primeiras estatísticas, em 1988. “Os últimos meses foram extraordinários, tanto pela dimensão da variação dos preços, como pela subida dos preços em todo o país", disse Craig Lazzara, diretor, gestor e chefe global de estratégia de investimento dos índices da S&P Dow Jones. "A forte procura e a escassez de imóveis disponíveis fizeram disparar os valores para novos máximos", sublinhou.
O preço das casas subiu 19,7% em julho em todo o país em comparação com o mesmo mês do ano passado, marcando, assim, o quarto mês consecutivo em que se regista uma subida recorde. Os preços das habitações nos 10 mercados principais dos EUA cresceram 19,1% em termos homólogos, enquanto nas 20 cidades mais importantes aumentaram 19,9%

17 dos 20 principais mercados imobiliários dos EUA também estabeleceram um novo recorde no que diz respeito ao aumento dos preços das casas e, em todos eles - exceto em Chicago -, os preços dos imóveis atingiram níveis históricos. Mas ,na verdade, está apenas 0,3% abaixo de sua marca atual.
Os aumentos de preços das habitações mais acentuados em julho foram registados em Phoenix (32,4%), San Diego (27,8%) e Seattle (25,5%). Há ainda outras grandes cidades que tiveram aumentos significativos como Miami (22,2%), Los Angeles (19,1%), Nova York (17,8%) ou Washington (15,8%).
Mercado efervesce na pandemia
O mercado imobiliário norte-americano ganhou uma dinâmica efervescente durante a pandemia. E foram vários os fatores que explicam essa mudança: as baixas taxas de juro das hipotecas; o aumento da procura por moradias nos chamados subúrbios das cidades – o equivalente às zonas periféricas das cidades; e ainda a baixa oferta de moradias.
“A perda de milhares de empregos durante o pior período da pandemia não travou o aumento da procura por residências unifamiliares - especialmente aquelas que se situam fora do centro das grandes cidades -, já que as famílias saíram benefíciadas pelas taxas de juro dos créditos habitação historicamente baixas”, disse Joshua Shapiro, economista-chefe para os EUA na consultora MFR.
A National Association of Realtors (NAR) afirmou num estudo que as vendas de casas usadas caíram 2% em agosto face ao período homólogo. E interpreta este dado sublinhando que o aumento dos preços das casas está a deixar de fora muitas famílias do mercado residencial.

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