Alguns peritos avaliadores de imóveis que fazem avaliações para crédito habitação estão em greve até dia 3 de abril de 2022. A Associação Portuguesa de Peritos Avaliadores de Engenharia (APAE), que tem entre os seus associados centenas de peritos avaliadores de imóveis para entidades financeiras, diz estar “naturalmente preocupada com as condições de trabalho” destes profissionais, nomeadamente com “as remunerações auferidas” pelos mesmos. Esta é, de resto, uma das revindicações que motivam esta greve, organizada pelo Movimento dos Peritos Avaliadores Imobiliários (MPAI).
“Não se compreende que, na excecional conjuntura favorável que o mercado de bens imobiliários atravessou nos últimos anos, com muitas transações a preços sem precedentes, as remunerações dos peritos avaliadores não sejam revistas em alta”, diz ao idealista/news Francisco da Costa Gomes, presidente da APAE.
Segundo o responsável, o “bom momento” que vive o mercado imobiliário tem “favorecido proprietários, promotores, mediadores, bancos, autarquias e Estado, mas não se fez sentir nas remunerações dos avaliadores”.
Para Francisco da Costa Gomes não restam dúvidas de que há “centenas de peritos avaliadores” a trabalhar “para um número reduzido de grandes clientes finais”. “É nossa convicção que a obtenção de melhores condições de trabalho e da justa remuneração passará pela valorização da qualidade das avaliações. Para que a seleção entre os avaliadores se faça pela qualidade e não pelo preço, interrompendo um círculo vicioso que vem empobrecendo injustamente esta classe”, conclui.
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