Município quer travar a “especulação imobiliária” e garantir o “desenvolvimento sustentável da região”.
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Grândola
Créditos: Câmara Municipal de Grândola

A Câmara Municipal de Grândola aprovou a suspensão parcial do seu Plano Diretor Municipal (PDM). O objetivo é “travar a especulação imobiliária e garantir o desejável desenvolvimento sustentável da região”, e para isso a autarquia vai implementar regras mais apertadas para instalação de empreendimentos turísticos.

Segundo o comunicado da autarquia, com a suspensão parcial do PDM são adotadas duas medidas preventivas:

  • A primeira será a declaração de caducidade das “Informações Prévias, vagas, abstratas e especulativas”;
  • A segunda medida preventiva consiste, no imediato, na interdição de aprovação de novos empreendimentos turísticos (ou ampliação da capacidade dos existentes) nas áreas do território onde a procura turística regista maior pressão;

Esta suspensão vigorará até à conclusão do procedimento de alteração do PDM (a decorrer), que irá definir “regras mais apertadas para o investimento turístico e imobiliário, de forma a beneficiar os munícipes e a sua qualidade de vida”.

António Figueira Mendes, presidente do município, citado na mesma nota, acredita que medida vai ajudar a que o investimento turístico e imobiliário seja um fator de “crescimento sustentável do concelho de Grândola, que respeite a natureza, o ambiente e as populações”

Município já excedeu os limites previstos para camas turísticas?

No início deste ano, quando questionado pela Lusa, o autarca rejeitou que o número máximo de camas turísticas tenha sido “excedido”, assinalando que podem ainda ser aprovadas “mais de 4.000”.

“Não é verdade que tenha excedido, o que queremos é pôr termo à especulação imobiliária que está a acontecer e essa foi a razão por que mandámos fazer um diagnóstico profundo sobre o concelho, suspender o PDM e criar medidas preventivas”, referiu, na altura.

Segundo o autarca, a intensidade turística máxima “é de 14.915 camas e a capacidade real ainda está aquém” do previsto, já que as camas turísticas “executadas, em execução ou aprovadas são, atualmente, 10.827” no concelho.

O número máximo de camas só seria ultrapassado se o município aprovasse todos os Pedidos de Informação Prévia (PIP) relativos a operações urbanísticas, alegou.

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