
A inflação homóloga na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) subiu 10,3% em junho, mais 0,6 pontos percentuais (p.p.) do que em maio (9,7%). Este é o valor mais alto desde junho de 1988. A subida da inflação tem sido impulsionada pelo aumento dos preços da alimentação e da energia na maioria dos países.
"Cerca de um terço dos países da OCDE registaram uma inflação de dois dígitos", adianta a organização em comunicado divulgado esta quarta-feira, dia 3 de agosto. A inflação mais alta de todas foi registada na Turquia, de 78,6%. Já a menor taxa foi observada no Japão (2,4%). Em Portugal, a inflação verificada em junho está nos 8,7% - e em julho nos 9,1%, segundo os dados provisórios do INE.
A inflação dos preços dos alimentos na OCDE continuou a "subir com força", atingindo 13,3% em junho de 2022 (12,6% em maio) - este foi o maior aumento dos preços dos alimentos desde julho de 1975. Também os preços da energia deram um salto de 40,7% em junho de 2022 (35,4% em maio).
Excluindo os alimentos e a energia, a inflação homóloga aumentou para 6,7% em junho de 2022, em comparação com 6,4% em maio de 2022.
Países do G7 sentiram inflação subir 7,9%
Os aumentos de preços foram de 7,9% nos países do G7, (7,5% em maio). O aumento mais forte foi registado em Itália (1,1 p.p), seguido pela França (0,6 p.p.) "Os preços da energia continuaram a ser o principal fator que contribuiu para a inflação na França, Alemanha, Itália e Japão", diz a OCDE.
Na área do G7, a inflação homóloga excluindo alimentos e energia diminuiu ligeiramente para 4,7%, em comparação com 4,8% em maio de 2022.
Na Zona Euro, o índice harmonizado foi de 8,6%, (8,1% em maio), refere a organização, recordando que o Eurostat estima que o aumento homólogo será de 8,9% em julho.
Nos países do G20, o aumento dos preços foi de 9,2% em junho (8,9% em maio), registando "aumentos acentuados" em todas as economias emergentes do G20, à exceção da Índia, refere ainda.

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