
A situação económica não está a facilitar a vida dos inquilinos nos EUA. O preço de arrendar um apartamento T1 em julho aumentou 11% em relação ao ano anterior, o que corresponde a um valor médio de renda mensal de 1.450 dólares (1.415 euros ao câmbio atual). O aumento das taxas de juros está por detrás dessa tendência no mercado norte-americano, o que pode dar pistas para um futuro comportamento na Europa, nomeadamente em Portugal, onde também o arrendamento está a ficar mais caro e o BCE subiu os juros, em linha com outros bancos centrais para tentar travar a inflação.
Em Nova York, os preços dispararam 41%, para 3.780 dólares (3.700 euros), segundo o índice do portal imobiliário Zumper. Por outro lado, São Francisco está a recuperar, oferecendo arrendamentos a preços pré-coronavírus, com um aumento de 14%. Um apartamento de um quarto para arrendar custa agora em média 3.100 dólares por mês (3.033 euros).
A subida das taxas de juros nos EUA - a Reserva federal norte-americana (Fed), no final de julho, decidiu aumentar as taxas em 75 pontos base, a quarta subida este ano - está a dificultar a compra de casas.
"Muitos potenciais compradores de casas estão a optar por sair do mercado, criando uma procura adicional por arrendamentos", observa o diretor executivo da Zumper, Anthemos Georgiades, citado pela Bloomberg.
Por outro lado, há também forte procura em mercados com custo de vida mais acessível, como Tennessee e Carolina do Norte, devido à tendência de alta em todas as grandes cidades nos últimos dois anos. Arrendar um apartamento com um quarto em Greensboro, Carolina do Norte, aumentou 31% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os preços em Nashville, capital do estado do Tennessee, aumentaram 37% face ao mesmo período em 2021.
Mais da metade das 10 áreas metropolitanas mais caras estão na Califórnia
Depois dos referidos preços em Nova York ou São Francisco, como as zonas mais caras para arrendar casa nos EUA, surge:
- San José, a cidade mais importante de Silicon Valley, com 2.710 dólares/mês (2.651 euros),
- Boston, com 2,60 dólares/mês (2.544 euros),
- Miami, com 2.500 dólares/mês (2.445 euros).
Atrás destas cidades, entre 2.000 e 2.500 dólares de renda mensal, aparecem San Diego, Los Angeles, Oakland ou Santa Ana, junto com Washington D.C.
Por outro lado, as cidades mais acessíveis para arrendar casa nos EUA são:
- Akron, em Ohio, com apenas 640 dólares de renda/mês (626 euros);
- Wichita, no Kansas,
- Lubbock, no Texas, com 700 dólares/mês, (684 euros).
O especialista antecipa, porém, que pode haver algum alívio no horizonte. “Os preços das rendas continuarão a subir em grande parte do país, mas os aumentos estratosféricos que vimos durante grande parte da pandemia provavelmente diminuirão à medida que os consumidores continuem a ajustar as suas contas”.
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