A remuneração média bruta real passou de 1.407 euros no quarto trimestre de 2021 para 1.334 euros no final de 2022, segundo o INE.
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Poder de compra dos portugueses cai com a subida da inflação
Público

A elevada taxa de inflação que se faz sentir em Portugal (8,4% em janeiro) está a deixar marcas na economia e, claro, no orçamento das famílias, que estão a ver o respetivo poder de compra ser esmagado. Em 2022, aquilo que os portugueses conseguiram, em média, comprar com os seus salários caiu praticamente tudo o que tinha aumentado nos três anos anteriores. É preciso recuar até 2018 para encontrar um poder de compra mais baixo. 

Segundo o Público, que se apoia em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), mesmo havendo, em média, aumentos nominais das remunerações, em termos reais – aquilo que os portugueses conseguem comprar com os rendimentos do trabalho – verificou-se um decréscimo permanente do poder de compra. 

Os dados mais recentes do INE permitem concluir que o valor médio da remuneração bruta mensal foi, no último trimestre de 2022, de 1.575 euros, o que representa um crescimento de 4,2% face ao período homólogo. 

O “problema” é que, em termos reais – descontando o efeito que a inflação tem nos preços dos bens e serviços consumidos em Portugal –, a remuneração média bruta real passou de 1.407 euros no quarto trimestre de 2021 para 1.334 euros no final de 2022. Trata-se, como é possível ver na imagem, do valor mais baixo desde 2018, tendo o valor médio da remuneração bruta mensal sido, no último trimestre desse ano, 1.322 euros.

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