Alta utilização do telemóvel tem efeitos negativos na nossa autoestima e cria problemas de sono, ansiedade, stress e depressão.
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Dependência do telemóvel
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As tecnologias fazem parte do nosso dia a dia – é certo – e são bastante úteis, já que nos facilitam várias tarefas e permitem que estejamos informados sobre o que se passa no mundo em tempo real. Mas já paraste para pensar quanto tempo passas com o telemóvel na mão? E como é que esta dependência tecnológica influencia as tuas relações com os outros? E a tua próxima saúde mental? Se já te deste conta o quão é importante reduzir o tempo em que passas no telemóvel, vem daí descobrir dicas rápidas e eficazes que te vão ajudar fazê-lo, mantendo o foco naquilo que realmente importa.

Hoje, levamos o telemóvel para qualquer lado. E olhamos para ele por qualquer razão, seja para ver as horas, atender uma chamada, esclarecer uma informação, ler as notícias ou até para ver como vai estar o tempo amanhã. A questão é que criamos muitas vezes uma dependência pelo aparelho móvel que nos leva a:

  • utilizar o telemóvel logo ao acordar e antes de dormir;
  • ter sempre o telefone por perto;
  • desbloquear o telemóvel cerca de cem vezes por dia para ver notificações.

Estes comportamentos não seriam um problema se tivessem consequências positivas para ti, para a tua saúde e para os que te rodeiam. Mas não é o caso. A verdade é que a elevada utilização do telemóvel (especialmente as redes sociais) está associada a efeitos negativos na nossa “autoestima, impulsividade, empatia, identidade pessoal e autoimagem" e cria mesmo "problemas de sono, ansiedade, stress e depressão”, apontou a psicóloga Catherine Price no seu livro “How to break up with your phone”, citada pelo El País. É por isso mesmo que é importante reduzires o tempo em que passas focado no telemóvel.

Reduzir utilização do telemóvel
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“Missão reduzir o tempo passado no telemóvel”: dicas úteis

Se queres mesmo depender menos do teu telemóvel e passar mais tempo de qualidade contigo e com as pessoas que te rodeiam, estas dicas são para ti:

  • Toma consciência de quanto tempo utilizas o telemóvel por dia: nas definições do aparelho procura uma opção que diga algo como, “Equilíbrio digital” ou “Gestão de utilização”. Aqui irás encontrar as estatísticas de utilização diária e semanal do teu telefone que te vão ajudar a ganhar uma consciência de quanto tempo, em concreto, passas com o telemóvel na mão. Além disso, podes ainda definir limites de utilização para cada aplicação;
  • Elimina todas as notificações não essenciais: se teu telefone passa a vida a tocar ou a vibrar, dando sinal de que recebeste uma nova notificação, acaba por estar sempre a chamar a tua atenção. Vai às definições do teu telefone e elimina todas as notificações não essenciais (ou podes definir apenas um período para não as receberes). Podes ainda silenciar as notificações dos grupos menos importantes para ti no WhatsApp, por exemplo;
  • Cria resistência ao telemóvel: estamos tão habituados a pegar no telemóvel que o fazemos automaticamente, mesmo que estejamos a tentar ler, ver um filme ou jantar com amigos. Uma forma de evitá-lo (ou pelo menos diminuir a frequência) é criar um atrito, uma resistência inicial para não fazê-lo quase que automaticamente. Podes, por exemplo, criar um compromisso contigo mesmo, definindo um horário em que não podes pegar no telefone, ou simplesmente deixá-lo noutra divisão ou arrumado na mala;
  • Reorganiza as aplicações do teu telemóvel: o ideal é que as ferramentas mais úteis sejam as únicas que fiquem no ecrã principal, como as mensagens, chamadas, câmara, etc. Depois, há que fazer uma limpeza às restantes aplicações, como o correio eletrónico, redes sociais, jogos, etc. Isto é, pensa bem em quais é que queres manter e quais deves apagar. Em todo o caso, podes sempre apagar estas aplicações e voltar a instalar se sentires necessidade de voltar a usá-las.

Estas mudanças na utilização do telemóvel devem ser feitas no longo prazo, para que efetivamente os teus hábitos mudem e sintas diferenças quer na tua saúde mental, bem como no relacionamento com os outros.

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