Os imóveis que o Governo irá desocupar com a mudança para o edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), onde vai concentrar os serviços dos vários ministérios, estão avaliados em cerca de 600 milhões de euros e poderão ser transformados em casas. A informação é avançada num comunicado do Conselho de Ministros.
O Governo revela que foi “autorizada a realização da despesa necessária à concretização das obras de beneficiação e adaptação do edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa”, tendo em vista a “concentração física de entidades públicas neste edifício”.
A concentração de serviços e gabinetes num único espaço físico, diz o comunicado, “potencia sinergias, estimula a criação de redes de comunicação mais próximas, sedimenta o trabalho colaborativo e permite ganhos de eficiência na gestão dos imóveis utilizados pelo Estado”.
O Executivo estima uma poupança de cerca de 800 mil euros por ano, em rendas atualmente pagas pelo Estado a privados, e cerca de 5 milhões de euros por ano em encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água.
Além disso, adianta que os imóveis públicos que serão desocupados – avaliados em cerca de 600 milhões de euros – “poderão ser objeto de rentabilização, visando contribuir para o objetivo de reforço da oferta habitacional”.
Governo vai gastar 40 milhões de euros com mudança para edifício sede da CGD
O Governo estima que o investimento a realizar até ao final da legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no atual edifício sede da CGD vá rondar os 40 milhões de euros.
Este valor foi avançado pelo secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas, na sede da CGD, Lisboa, numa conferência de imprensa conduzida pela ministra Mariana Vieira da Silva.
Em relação aos custos para o Estado resultantes do processo de mudança e de concentração no edifício sede da CGD, o secretário de Estado da Presidência referiu que a resolução aprovada pelo Governo é de autorização da despesa em 5,4 milhões de euros mais IVA.
“Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou André Moz Caldas.
*Com Lusa
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