
O Estado continua sem se conseguir “desfazer” do Hotel da Quinta das Pratas, o único que existe no Cartaxo – abriu portas em 2002 e ficou insolvente em 2014, tendo sido esvaziado há um ano. Foram três as tentativas de venda do hotel através de leilão eletrónico, todas sem resultado. O maior credor é o Estado, que reclama cerca de 95% dos créditos de 3,22 milhões de euros sobre a Oliveira & Baião, que está em sede de liquidação e detém o direito de superfície do alojamento.
Segundo o Jornal de Negócios, foram três as tentativas falhadas de venda online do Hotel da Quinta das Pratas. A primeira em outubro de 2022, por um valor base de 2,14 milhões de euros, a segunda em dezembro do mesmo ano, por 1,82 milhões de euros, e a terceira agora em abril: eram admitidas propostas a partir de 85% desse montante, ou seja, 1,54 milhões de euros, mas o desfecho foi o mesmo, ou seja, não houve qualquer licitação.
São ao todo uma dúzia de credores, escreve a publicação, salientando que à cabeça está o Estado, que detém cerca de 95% dos créditos de 3,22 milhões de euros sobre a Oliveira & Baião, que resulta da soma dos do Instituto do Turismo de Portugal (2,5 milhões), Segurança Social (412 mil euros) e do Fisco (aproximadamente 187 mil euros).
A denominação social da empresa junta os apelidos do advogado Cipriano Oliveira e do apresentador de televisão João Baião, que é alheio ao processo que acabou na falência da empresa, pois deixou a sociedade em janeiro de 2001, ou seja, antes da abertura do hotel. O direito de superfície, por 70 anos, foi concedido à Oliveira & Irmão em 1998 pela Câmara do Cartaxo.
Cipriano Oliveira viria depois a vender a Oliveira & Baião em 2009 a Marcelino José do Patrocínio Gargalo, tendo o processo de insolvência da sociedade se arrastado durante anos nos tribunais.
Para poder comentar deves entrar na tua conta