
O endividamento da economia aumentou em maio pelo quinto mês consecutivo. Segundo dados divulgados esta segunda-feira (24 de julho de 2023) pelo Banco de Portugal (BdP), a dívida do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 1,6 mil milhões de euros, tendo atingindo um novo recorde de 804,4 mil milhões de euros.
“Deste total [804,4 mil milhões de euros], 440,6 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 363,9 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)”, lê-se na nota do supervisor bancário.
O BdP adianta que o endividamento do setor público teve um incremento de 1,1 mil milhões de euros, um acréscimo que se verificou, sobretudo, junto dos particulares (1,7 mil milhões de euros), principalmente pelo investimento das famílias em certificados de aforro, e junto das administrações públicas (1,0 mil milhões de euros). “Em contrapartida, o endividamento do setor público diminuiu junto do exterior (1,4 mil milhões de euros) e do setor financeiro (0,4 mil milhões de euros)”, refere a entidade liderada por Mário Centeno.
Relativamente ao setor privado, o BdP revela que o endividamento aumentou 0,5 mil milhões de euros: “O endividamento das empresas privadas subiu 0,5 mil milhões de euros, traduzindo essencialmente um acréscimo perante o exterior (0,3 mil milhões de euros) e o setor financeiro (0,2 mil milhões de euros). O endividamento dos particulares não se alterou de forma relevante em relação ao mês anterior”.
Em termos homólogos, ou seja, face a maio de 2022, o endividamento das empresas privadas aumentou 0,3%, tendo o endividamento das famílias crescido 1,4%. “Em ambos os setores, o endividamento tem continuado a aumentar, mas a um ritmo decrescente, com as taxas de variação anuais a reduzirem-se, de abril para maio, 0,1 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente”, conclui o BdP.
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