
A taxa de inflação em Portugal terá voltado a cair para 3,1% em julho, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados apontam para que o coeficiente de atualização das rendas das casas se fixe entre 7% e 8% em 2023 – em julho, o valor da média dos últimos 12 meses, excluindo a habitação, situou-se nos 7,41% –, sendo essa a atualização anual de rendas esperada para 2024. Em aberto está a possibilidade de o Governo voltar a pôr um limite nos aumentos, que este ano foi de 2%. Esta é uma situação que o Executivo diz estar a acompanhar.
O coeficiente de atualização anual de rendas, fixado pelo INE, decorre da inflação a 12 meses registada em agosto, excluindo habitação. Um número que só será conhecido no início de setembro (a primeira estimativa rápida), devendo ficar perto do registado em julho, os já referidos 7,41%, escreve o Jornal de Negócios.
Segundo a publicação, que cita o Ministério da Habitação, o Governo está a acompanhar a situação e a evolução da inflação e só tomará uma decisão mais tarde.
No ano passado, devido à escalada da inflação, surgiu a mesma dúvida, com muitos inquilinos a recearem enormes subidas nas rendas impostas pelos senhorios. O coeficiente de atualização a usar em 2023 apontava para aumentos de 5,43%, mas o Governo decidiu, num pacote com várias medidas para mitigar o impacto da subida dos preços, impor um limite de 2% na subida das rendas.
A verdade é que a inflação recuou no último ano, tendo passado de 9,8% em julho do ano passado para 3,1% no mesmo mês deste ano, a ver pelas estimativas do INE. Um dado que faz com que a expectativa sobre qual será a decisão que o Governo vai tomar aumente, escreve a publicação.
No caso das rendas não habitacionais – no ano passado, o travão às rendas aplicou-se a todos os tipos de contratos –, fonte oficial do Ministério da Economia e do Mar, que tutela o arrendamento comercial, adiantou, também, que “está a monitorizar a situação, visando identificar medidas que possam vir ser necessárias para mitigar distorções originadas pela subida de preços”.
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