
A agricultura tradicional enfrenta hoje uma série de desafios. Há problemas de espaço, poluição das águas, períodos de seca cada vez mais frequentes e utilização excessiva de fertilizantes químicos. E também as alterações climáticas afetam a produção agrícola. Para enfrentar os problemas da atualidade, há cada vez mais iniciativas de agricultura vertical dentro das cidades, podendo ser produzida numa garagem ou em armazéns.
Temperaturas altas ou períodos de chuva abundante fora de época? Estes não são problemas para a agricultura vertical em edifícios. Além de os alimentos não estarem expostos a intempéries, são produzidos num ambiente altamente controlado, seja em humidade, temperatura ou luz. E, hoje, já é possível controlar todo o ambiente de cultivo à distância, através de tecnologia.
Por isso mesmo, uma das grandes vantagens da agricultura vertical em edifícios tem que ver com a alta produtividade em menos espaço. Por exemplo, empresas de agricultura vertical como a Aerofarms, em Nova Jersey (EUA), garantem que em 6.000 metros quadrados (m2) produzem o equivalente a 130.000 m2 na agricultura tradicional, produzindo, assim, cerca de 900 toneladas de hortaliças por ano, cita o El País.
Outra grande vantagem da agricultura vertical é o baixo consumo de água – tão importante num momento em que vários países passam grandes períodos de seca, como Portugal. Aqui é possível reduzir o consumo de água em 95% graças a uma técnica que consiste em borrifar água, enriquecida com nutrientes e oxigénio, diretamente nas raízes.
Como a agricultura vertical é feita perto dos grandes centros urbanos, também reduz a sua pegada de carbono, já que há menos custos de combustível no transporte dos vegetais. Desta forma, os restaurantes das grandes cidades podem ter produtos frescos e com pegada de carbono zero.
Há várias empresas de agricultura vertical a proliferar pelo mundo, inclusive em Espanha, como é o caso da Urbanfresh, Cantábrica ou a Ekonoke, refere o mesmo jornal. Mas também há que considerar que nem tudo são vantagens. O investimento inicial ainda é grande, pois todo o controlo dos cultivos é feito a base de tecnologia. Além disso, também é importante ter uma variedade de alimentos em cultivo, uma vez que uns são mais rentáveis que outros, devido ao rápido crescimento e ao espaço que ocupam. Apesar de tudo isso, é possível colocar os alimentos à venda por preços enquadrados no mercado.
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