Fritos: quantas vezes se pode usar o mesmo óleo?

Fritar é uma das maneiras mais simples e rápidas de preparar e cozinhar os alimentos. Com grandes ou pequenas quantidades de gordura, conseguirás ter uma refeição deliciosa e, tantas vezes, admirada por todos. 

No entanto, caso decidas fritar alimentos deves fazê-lo da maneira mais adequada e saudável possível. Será que sabes, por exemplo, qual o melhor óleo para fritar? Ou quantas vezes se pode usar o mesmo óleo? Com várias opções é importante perceber as características de cada uma delas. 

Fazer fritos em casa: quantas vezes se pode usar o mesmo óleo?

Não existe uma data específica sobre quantas vezes se pode utilizar o mesmo óleo. Alguns óleos podem ter mais qualidade quando aquecidos e utilizados duas ou três vezes. 

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Há quem acredite que o óleo para fritar batatas, pode permanecer em boas condições durante sete meses. Isto acontece porque as batatas têm baixo teor de gordura, logo terão um impacto mínimo na qualidade do óleo para fritar. O mesmo princípio não se aplica a alimentos como peixes ou carnes, que libertam gorduras rapidamente e prejudicam a reutilização do óleo.

Para determinar o momento apropriado para a substituição do óleo presta atenção à quantidade de bolhas formadas durante a fritura. Com o excesso de bolhas, pode ser o momento de trocar o óleo. Substituir o óleo é crucial para preservar o sabor dos alimentos.

Diferenças entre fritar com óleo e fritar com azeite

Provavelmente uma das perguntas eternas quando falamos da preparação dos alimentos. É melhor fritar com óleo ou fritar com azeite? Quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles? 

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• Fritar com óleo de girassol: consegue suportar temperaturas mais altas, pode ser utilizado em vários pratos e conta com um sabor neutro, benéfico pois não interfere no sabor natural dos alimentos. No entanto, pela presença de ácidos insaturados, o óleo de girassol é suscetível à oxidação quando exposto ao calor, luz e ar. A maioria dos óleos de girassol disponíveis no mercado são submetidos a processos de refinamento, o que pode resultar inclusive na perda de nutrientes. 
• Fritar com azeite: o azeite possui benefícios nutricionais e é uma fonte rica de gorduras, saudáveis para o coração. Também consegue suportar altas temperaturas, mas tem um sabor marcante, que pode alterar o sabor (e até textura) dos alimentos quando usado para fritar. Além disso, o preço cada vez mais alto do azeite de virgem extra revela-o como opção pouco económica. 

O que é mais saudável: azeite ou óleo de coco? 

Além da comparação entre o azeite e o óleo de girassol, tem crescido nos últimos tempos, o debate entre o azeite e o óleo de coco. Ambos trazem uma série de benefícios para a saúde, mas qual realmente deveremos utilizar? 

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O azeite apresenta uma maior quantidade de gordura insaturada, beneficiando o aumento de colestrol HDL (o “colesterol bom”). Também contém antioxidantes, como a vitamina E e propriedades anti-inflamatórias, o que pode ajudar a proteger as células. Por sua vez, o óleo de coco apresenta propriedades antifúngicas e antibacterianas, contudo é muito rico em ácidos gordos saturados, o que quer dizer que pode aumentar o colesterol LDL (o “colesterol mau”) e o risco de doenças cardiovasculares. A sua utilização deve ser, por isso, pontual. 

A opção mais saudável é mesmo o azeite de oliva virgem extra, com acidez abaixo dos 0,8%, e que podes utilizar quer para fritar (quente) como para saladas (frio). Não esqueças que a própria dieta mediterrânea, bastante aclamada internacionalmente, tem o azeite como a sua principal fonte de gordura. Neste caso a tradição acaba por triunfar. 

Fritar alimentos: que alternativas existem?

Além do óleo de girassol, do azeite de oliva e do óleo de coco, existem alternativas para fritar os alimentos que também deves estar a par. Em parênteses é indicada a temperatura limite para os diferentes tipos de gorduras: 

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• Óleo de soja (170ºC): pode ser interessante para temperar cogumelos, massas e peixe. Deve ser usado com moderação e funciona bem quando combinado com azeite;
• Óleo de colza (160ºC): esta é uma alternativa com baixo teor de gorduras saturadas, embora durante o processo de produção seja exposto a temperaturas bastante elevadas; 
• Óleo de amendoim (220ºC): resistente ao calor, possui um alto teor de gorduras insaturadas, protege o coração e vai adicionar um sabor leve aos pratos;
• Banha de porco (180ºC): Embora pouco saudável devido ao teor de gorduras saturadas, a banha de porco pode ser usada ocasionalmente para dar sabor a alguns bifes; 
• Manteiga (110ºC): a manteiga adiciona muito sabor aos alimentos e fica bem quando decides fritar espargos, courgettes ou berinjelas. Não sofre reações químicas e não altera as características dos alimentos; 
• Margarina (150ºC): alternativa mais leve em comparação à manteiga, pode ser utilizada para fritar carnes ou peixes. Podes ainda aromatizar com raspa de limão e salsa para intensificar o sabor. 

Frita com óleo que te pareça mais conveniente e que te ofereça maior qualidade de vida. No caso de teres dúvidas podes consultar o teu nutricionista para manter uma dieta equilibrada.