A nível nacional, o segmento tem conquistado mercados mais urbanos (Lisboa e Cascais) ou rurais (região do Douro ou do Alqueva).
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Mercado das branded residences a crescer em Portugal
Foto de Paulo Almeida na Unsplash

O número de projetos de branded residences (imóvel residencial ou de turismo residencial associado a uma marca) aumentou mais de 160% na última década, com novas marcas, novas localizações e uma mudança nas comodidades destinadas a impulsionar ainda mais o setor. Há mais de 690 projetos concluídos em todo o mundo e antevê-se que mais 600 sejam entregues até 2030, segundo o relatório da Savills “Branded Residences Report”. Uma tendência que também está a ganhar força em Portugal, com o negócio a expandir-se para zonas menos exploradas e/ou mais rurais.

“Em Portugal, este mercado sempre esteve muito presente na região do Algarve e, por isso, muito associado a produtos de lazer, em contexto balnear e de resort, com uma importante componente de investimento/retorno. Nos últimos anos, este segmento tem vindo a expandir-se para outras regiões do país, conquistando mercados mais urbanos como Lisboa e Cascais, ou mais rurais, como a região do Douro ou do Alqueva”, refere em comunicado Luís Clara, Capital Markets Associate, Savills Portugal.  

Já Paula Sequeira, Consultancy and Valuation Director da Savills Portugal, sublinha que se tem “vindo a assistir a uma diversificação do perfil de comprador, cada vez menos focado na componente de investimento/retorno, valorizando a utilização enquanto produto lifestyle”. 

“A Savills tem assistido a um crescente interesse neste tipo de produto por parte de diferentes players como investidores, promotores e utilizadores finais, tendo assessorado diversos projetos na sua conceção (definição de posicionamento e ‘produto’) e posterior implementação, através de ‘brand procurement’”, acrescenta. 

Negócio das branded residences diversificou-se

A nível global, o negócio das branded residences diversificou-se, “deixando de ser exclusivamente orientadas para a hotelaria de luxo e passando a oferecer produtos em todas as escalas de cadeias hoteleiras”, comenta Rico Picenoni, Head of Savills Global Residential Development Consultancy.

Há marcas não hoteleiras de vários setores, incluindo espaços de moda, design e automóvel, a entrar no negócio das branded residences. Em causa estão, por exemplo, a Dolce & Gabbana, a De Grisogono, a Mama Shelter e a Rare Finds.

O mesmo responsável considera, de resto, que se assiste “a uma entrada de marcas não hoteleiras de uma vasta gama de setores, incluindo os espaços de moda, design e automóvel”. Em causa estão, por exemplo, a Dolce & Gabbana, a De Grisogono, a Mama Shelter e a Rare Finds.  

Segundo o relatório da consultora, as marcas não hoteleiras representarão 20% da oferta total de branded residences até 2030, o que representa um aumento de cerca de 40% em relação aos níveis atuais. 

Destaque ainda para o facto da procura de produto de luxo branded residence por parte de compradores nacionais tender a crescer de forma mais rápida em cidades emergentes, como Ho Chi Minh (Vietname), Cairo (Egito), São Paulo (Brasil) e Istambul (Turquia), “onde a qualidade do parque existente não é suscetível de satisfazer as exigências de quem procura instalações e serviços de alta qualidade”, refere a Savills. “Nestes mercados, haverá oportunidades para residências urbanas de gama alta, bem como para produtos de luxo destinados a clientes fiéis à marca e com hábitos de viagem”, conclui. 

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