O crescimento da procura de espaços de escritórios e de logística pelas empresas foi o principal motor do mercado imobiliário na primeira metade do ano, segundo conclui o mais recente estudo da JLL, o Market Dynamics. A atividade de investimento em imobiliário comercial registou, porém, uma quebra de 18% face a igual período do ano passado, tendo sido transacionados 675 milhões entre janeiro e junho.
De acordo com a análise da consultora, em Lisboa, a ocupação de escritórios soma 128.300 metros quadrados (m2) , superando já a atividade de todo o ano passado, enquanto no Porto, o mercado, com 28.400 m2 de take-up, acumula um crescimento de 13%. Na logística, o semestre totaliza 415.600 m2 de área ocupada, mais 35% do que no período homólogo.
Quanto aos restantes segmentos analisados, o estudo revela que o retalho registou um “desempenho robusto” quer nos centros comerciais quer no comércio de rua, em linha com o ano passado e dando continuidade ao interesse dos retalhistas internacionais por Portugal.
Já o mercado residencial exibe uma “atividade consistente, superando até as expetativas iniciais depois de um ano em que as vendas reduziram quase 20%”. “A habitação sustenta preços e rendas em trajetória ascendente, dado manter-se fortemente impactada pelo desequilíbrio entre oferta e a procura. No semestre em análise, o Porto mostrou melhor desempenho que Lisboa neste segmento, com um aumento no volume de vendas”, indica a consultora.
“As expetativas iniciais para 2024, e depois os indicadores do 1º trimestre, apontavam para um semestre de estabilização geral da atividade. Contudo, os mercados ocupacionais de escritórios e logística surpreenderam pela positiva e estão com bons níveis de crescimento, e a habitação e o investimento dão sinais de aceleração no 2º trimestre. O desempenho deste período mais recente não foi suficiente para compensar o abrandamento do 1º trimestre, mas a trajetória de evolução destes segmentos é muito animadora”, comenta Carlos Cardoso, CEO da JLL.
“A conjuntura macroeconómica explica, em boa parte, a reativação dos mercados de escritórios e logística, bem como a sustentação da atividade na habitação e do retalho. A melhoria das condições económicas teve um impacto positivo sobre a capacidade financeira das empresas e o rendimento das famílias, bem como da confiança de qualquer uma destas forças de procura”, acrescenta o responsável.
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