Riksbank quer impulsionar a atividade económica. Já a Noruega acredita que país precisa de política monetária restritiva.
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Suécia
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Lusa
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O Banco de Inglaterra baixou a sua principal taxa de juro em 25 pontos base, para 4,75%, o segundo corte deste ano, face à tendência de descida da inflação. E o Banco Central da Suécia (Riksbank) também anunciou uma redução de 0,5 pontos nas taxas diretoras para 2,75%, o quarto corte do ano e o maior numa década. Pouco depois, o Banco Central da Noruega anunciou que manteve as taxas de juro diretoras em 4,5% para controlar a inflação e que é provável que se mantenham neste nível durante todo o ano. 

Pela segunda vez, o Banco de Inglaterra baixou a sua principal taxa de juro em 25 pontos base, para 4,75%. "Se a economia evoluir como esperamos, é provável que as taxas de juro continuem a cair gradualmente a partir de agora", declarou o governador da instituição monetária , Andrew Bailey, reiterando a importância de "não reduzir as taxas com demasiada rapidez ou demasiado" para manter a inflação perto do objetivo definido de 2%. 

No entanto, a elevada despesa prevista no orçamento do Governo trabalhista liderado por Keir Starmer pode aumentar a pressão inflacionista e obrigar o Banco de Inglaterra a manter as taxas elevadas durante mais tempo. 

A medida do banco central sueco visa impulsionar a atividade económica e ajudar a estabilizar a inflação, explicou o Riksbank, que anunciou possíveis novas reduções em dezembro e no primeiro semestre de 2025, se as previsões se mantiverem, como já tinha referido há dois meses. 

“Para continuar a apoiar a atividade económica, as taxas têm de ser reduzidas mais rapidamente do que o previsto em setembro. Isto é importante, por si só, para fortalecer a economia, mas é também uma condição necessária para que a inflação se estabilize perto do objetivo”, afirmou o Riksbank num comunicado. 

O Riksbank alertou, no entanto, para possíveis alterações às previsões, citando uma série de riscos. “Existem riscos relacionados com as tensões geopolíticas, a política económica no estrangeiro, a alteração da coroa sueca e a atividade económica na Suécia que podem afetar as previsões para a atividade económica e conduzir a uma política económica diferente”, alertou o Riksbank. 

Em sentido diferente, o banco central da Noruega afirmou que acredita "que continua a ser necessária uma política monetária restritiva para que a inflação desça para o objetivo num horizonte temporal razoável”.

 A manutenção das taxas em 4,5% ajudou a arrefecer a economia e a amortecer a inflação, afirmou o banco central, alertando, no entanto, para o facto de a depreciação da coroa norueguesa nos últimos anos e o rápido aumento dos custos comerciais poderem abrandar a queda da inflação. 

“As previsões que apresentámos em setembro indicavam uma descida gradual das taxas a partir do primeiro trimestre do próximo ano. As perspetivas para a economia norueguesa não parecem ter sofrido alterações fundamentais desde a última reunião”, afirmou.

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