A Sun Tower, projetada pelo estúdio chinês Open Architecture, representa uma obra arquitetónica única.
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La Sun Tower, de 50 m de altura y diseñada por el estudio chino Open Architecture, se ubica en Yantai, China, y está concebida como un “reloj de sol gigante”.
Sun Tower Jonathan Leijonhufvud

Desde as primeiras civilizações, os seres humanos tiveram a necessidade de medir o tempo, usando relógios solares para acompanhar o movimento da luz (ou sombra) à medida que o dia avança. Hoje, não é difícil vê-los nas fachadas de alguns edifícios religiosos ou civis da Idade Moderna, e também nos monumentos erguidos nas últimas décadas. O 'zénit'desses instrumentos pode ser encontrado em Yantai, na China, onde uma torre de 50 metros foi concebida como um relógio de sol gigante.

Sun Tower
Sun Tower Jonathan Leijonhufvud

Um centro cultural de 50 metros

A Sun Tower, projetada pelo estúdio chinês Open Architecture, representa uma obra arquitetónica única que combina funcionalidade e simbolismo. Está localizado em Yantai, na China, e é uma estrutura em forma de cone de 50 metros de altura concebida como um "relógio de sol gigante" que segue o caminho do sol durante todo o ano como se fosse um gnómon.

Sun Tower
Sun Tower Jonathan Leijonhufvud

Mais do que apenas um edifício, a Sun Tower aspira a ser um espaço cultural e comunitário que promove a conexão entre a humanidade e a natureza, integrando elementos que evocam tanto um farol quanto um centro educacional. A arquitetura do edifício é um reflexo da importância de recuperar nossa relação com o meio ambiente e destaca o compromisso do estúdio de arquitetura com o design sustentável e significativo em um contexto urbano. Por esse motivo, a estrutura de betão é inspirada no relógio de sol, reproduzindo a funcionalidade de um gnómon, e é projetada para refletir o movimento solar, permitindo que o edifício se conecte visual e simbolicamente com o ambiente.

Sun Tower
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A torre possui espaços para exposições, um teatro parcialmente ao ar livre, uma biblioteca, um mirante, um café e um bar, tornando-se um ponto de encontro tanto para a comunidade local quanto para os visitantes. Nas palavras do próprio estúdio, a Torre do Sol é "uma fusão de várias tipologias: é ao mesmo tempo um centro cultural moderno, um espaço cívico, um miradouro, um relógio de sol, um centro de educação ambiental e um farol que procura 'conectar-se com quem olha para além do horizonte'".

Sun Tower
Sun Tower Jonathan Leijonhufvud

Uma característica proeminente do projeto da Sun Tower são as múltiplas janelas circulares que perfuram a fachada. Essas aberturas não apenas proporcionam uma estética particular, mas também otimizam a entrada de luz e ventilação natural, reduzindo assim o consumo de energia. A fachada voltada para o mar parece ser "canal aberto", permitindo vistas desobstruídas do teatro do térreo e do mirante no nível superior. Este detalhe arquitetónico simboliza a conexão direta com o ambiente marinho e cria uma experiência imersiva para os visitantes.

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Interação com a natureza e história solar

Seguindo o caminho do sol ao longo do ano, a borda norte do edifício está alinhada com a luz do meio-dia nos equinócios, enquanto a entrada é orientada para o pôr do sol durante o solstício de inverno. Além disso, o eixo central do teatro aponta para o nascer do sol sobre a Ilha Zhifu no solstício de verão, estabelecendo um diálogo simbólico com o meio ambiente e os ciclos naturais.

Sun Tower
Sun Tower Jonathan Leijonhufvud

O interior da torre foi projetado para oferecer uma experiência visual e sensorial através das rampas de pedestres, onde são distribuídos espaços expositivos equipados com ecrãs digitais e projeções. No topo do edifício, o Espaço Fenómeno serve como biblioteca e miradouro semiaberto; lá, uma abertura circular no telhado permite que a chuva caia num lago, criando uma instalação aquática que simboliza o ciclo da natureza.

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Sun Tower Jonathan Leijonhufvud

Desde a sua inauguração, a resposta do público tem sido entusiasmada, refletindo o sucesso do edifício na sua missão de inspirar uma relação mais profunda entre a humanidade, o tempo e o ambiente natural. "A natureza é sagrada", diz Huang Wenjing, cofundador da Open Architecture, acrescentando que a arquitetura pode ser uma ferramenta poderosa para promover uma visão mais consciente do mundo.

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