O Governo apresentou o Parque Cidades do Tejo, um ambicioso projeto urbanístico que abrangerá uma área de 4.500 hectares, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, e que prevê a construção de mais de 25 mil casas, além da criação de 200 mil postos de trabalho. O objetivo é transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole integrada, “em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”.
O projeto assenta em quatro eixos estruturantes: Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária. A intervenção nestas zonas visa a requalificação e a criação de uma rede urbana sustentável, promovendo habitação acessível, emprego, a economia circular e a mobilidade, segundo o comunicado ministério das Infraestruturas e Habitação.
A apresentação do projeto urbanístico aos 18 autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e de vários membros do Governo, entre eles o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
Ao nível de infraestruturas, o Parque Cidades do Tejo contempla duas novas travessias do Tejo: a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e o túnel Algés-Trafaria; um aeroporto único de cariz expansível, com capacidade para mais de 100 milhões de passageiros e investimento na ferrovia de alta velocidade.
Para além de habitação, o megaempreendimento contempla espaços de lazer, investigação e cultura, incluindo a futura Ópera Tejo e um Centro de Congressos Internacional.
Com uma aposta forte na mobilidade sustentável, pretende-se aumentar a quota modal do transporte público de 24% para 35%, através de um investimento adicional de 3,8 mil milhões de euros, incluindo um apoio anual de 328 milhões de euros para a política tarifária dos transportes.
“Na AML vive mais de um quarto da população total do país – 28% da população nacional e 48% da população ativa. É também aqui que se prevê um aumento de 7% de habitantes até 2080. Além da reabilitação de terrenos, de criar soluções de mobilidade - tendo em conta, nomeadamente a construção da nova cidade aeroportuária (Benavente e Montijo) - é necessário criar ofertas habitacionais que respondam às necessidades da população”, destaca o Executivo.
Relativamente ao modelo de governação, a tutela explica que vai ser criada a Sociedade Parque Cidades do Tejo, uma empresa detida a 100% pelo Estado.
“O projeto terá uma dotação inicial de 26,5 milhões de euros e a gestão assenta num modelo paritário entre o Estado central e os municípios”, refere ainda a nota.
Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.
Para poder comentar deves entrar na tua conta