Os mercados de escritórios de Lisboa e Porto registaram, no primeiro trimestre de 2025, uma “atividade mais moderada”, com uma absorção total de cerca de 18 mil metros quadrados (m2), revelam dados da Savills. Em Lisboa, foram transacionados 14.983 m2, enquanto no Porto o volume foi de 2.832 m2.
Apesar destes números representarem quebras significativas face ao mesmo período do ano anterior — "extremamente forte" em termos de operações de grande dimensão —, a procura por espaços de qualidade mantém-se elevada. A escassez de escritórios “prime” continua a condicionar o mercado, provocando uma maior antecipação nas decisões de ocupação e o aumento das rendas.
"Após um ano de 2024 marcado por níveis recorde de absorção de espaços de escritórios em Lisboa, a quebra verificada no início de 2025 era, em certa medida, previsível, dada a escassa oferta atualmente disponível no mercado. Para além disso, estes números mais baixos resultam também de um alargamento dos prazos de decisão por parte dos ocupantes”, explica Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal, citado em comunicado.
Em Lisboa, o setor de TMT e Utilities liderou a absorção com 36%, seguido pelos “Outros Serviços” com 27%. Já no Porto, os Serviços Financeiros dominaram, representando 46% da ocupação, seguidos pelas TMT’s e Utilities (36%).
As rendas prime mantiveram-se estáveis em Lisboa (29 euros/m2/mês), com um crescimento anual de 4%, enquanto no Porto subiram para 21 euros/m2/mês — uma valorização de 11% face ao trimestre anterior.
Empresas internacionais continuam a representar a maioria da ocupação: cerca de 63% em Lisboa e mais de 80% no Porto.
A Savills acredita que, apesar do abrandamento inicial, 2025 será positivo, apoiado por um pipeline robusto e procura contínua por parte de empresas globais à procura de novos hubs em Portugal.
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