Empresas procuram espaços com certificações de sustentabilidade para poderem instalar-se ou mudar de escritórios, segundo a B. Prime.
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Regresso aos escritórios
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O segmento de escritórios registou, em 2024, um dos melhores anos de sempre, tendo-se verificado um aumento de 97% da área colocada na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e de 80% no Grande Porto. Os dados em causa constam no estudo anual da consultora imobiliária B. Prime, que considera que “Portugal continua a ser um destino apelativo para investidores e multinacionais”.

“Apesar da escassez de oferta que tem limitado o crescimento ainda maior do setor [de escritórios], nos últimos tempos têm surgido novos projetos pautados pela sustentabilidade que são cada vez mais uma condição essencial para o sucesso de qualquer comercialização. Aliás, há cada vez mais empresas que procuram espaços com certificações internacionalmente reconhecidas para poderem instalar-se, ou até para decidirem mudar de escritórios”, refere a B. Prime em comunicado.

A consultora destaca ainda o facto de a percentagem de novas empresas que escolheram a AML para instalar operações internacionais ter aumentado 16% face ao período homologo, ou seja, em 2024 comparativamente com 2023. 

Igualmente animador é o cenário relativo ao segmento da indústria e logística, onde a procura também é elevada, havendo um desequilíbrio face à oferta. “No entanto, durante 2024, devido aos vários projetos que foram concluídos, a absorção total de área foi a maior de sempre, tendo ascendido a 739.382 metros quadrados (m2), lê-se na nota. 

Quanto ao retalho, o crescimento tem sido maior nas lojas de rua, se compararmos com os centros comerciais, com os supermercados e as marcas ‘low cost’ a liderarem o ranking de aberturas no comércio de rua.

No que diz respeito ao investimento em imobiliário comercial, atingiu no ano passado 2.349 milhões de euros, o que representa um aumento de 36% em comparação com o período homólogo. “A hotelaria e o retalho foram os principais setores a impulsionar este desempenho, consolidando-se como áreas absolutamente estratégicas”, conclui a B. Prime. 

"Prevemos que o crescimento se mantenha em 2025"

Citado na nota, Jorge Bota, Managing Partner da consultora, considera que 2024 foi um ano “bastante positivo para o setor, de forma geral”, encontrando-se o país “no topo das preferências, quando a atividade internacional retoma a sua dinâmica”. 

“Para 2025, prevemos que esse crescimento se mantenha, provavelmente já não com os crescimentos expressivos de 2024, mas na senda de continuar a superar todos os indicadores históricos do mercado, seja ao nível de rendas, de investimento ou de área comercializada”, conclui. 

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