Mas perspetivas para o crescimento económico europeu foram revistas em baixa pelo FMI para 0,8% perante incerteza global.
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Juros do BCE em 2025
Alfred Kammer, diretor do departamento europeu do FMI, e Christine Lagarde, presidente do BCE Getty images

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista sobre a evolução do crescimento económico europeu, perante a elevada incerteza gerada pelas tarifas de Trump. Mas, ainda assim, recomenda ao Banco Central Europeu (BCE) que baixe os juros apenas mais uma vez este ano, o que deixaria a taxa de juro dos depósitos em 2%.

“A nossa recomendação é que há espaço para mais um corte de 25 pontos base, no verão, e depois o BCE mantenha a taxa de juro de 2%, a menos que ocorram grandes choques e haja necessidade de recalibrar a política monetária”, disse Alfred Kammer, diretor do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), citado pela CNBC.

“Temos uma recomendação muito clara para o BCE, o que vimos até agora é um enorme sucesso no esforço de desinflação e a política monetária funcionou… então esperamos atingir de forma sustentável a meta de inflação de 2% no segundo semestre de 2025“, acrescentou o diretor FMI à mesma publicação.

A posição de Alfred Kammer foi conhecida depois de o FMI ter voltado a rever em baixa as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para a zona euro, passando para 0,8% devido a uma procura interna “fraca” e “elevada incerteza”. Recorde-se que em janeiro o FMI havia estimado um crescimento económico europeu de 1%.

Esta posição do diretor do FMI vai ao encontro das perspetivas dos analistas de política monetária, que esperam que o BCE baixe as taxas de juro dos depósitos bancários em 25 pontos base, para 2%, em junho, e as mantenha neste nível até ao início de 2028.

Na reunião de abril, o BCE voltou a descer os seus juros diretores em 25 pontos base pela sétima vez desde junho de 2024, deixando a taxa dos depósitos em 2,25%. A justificar a decisão está o processo de desinflação que continua a seguir caminho e o facto de as perspetivas económicas estarem “ensombradas por uma incerteza excecional”.

*Com Lusa

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