
O banco central russo reduziu na sexta-feira, dia 25 de julho de 2025, as taxas de juro em dois pontos percentuais, fixando-as nos 18%, na sequência de uma desaceleração da inflação e de críticas vindas de outros intervenientes económicos e do próprio Governo.
“A pressão da inflação está a diminuir mais rapidamente do que o previsto. O crescimento da procura interna está a desacelerar. A economia continua a retomar uma trajetória de crescimento equilibrado”, lê-se no comunicado oficial publicado no site da instituição.
A decisão de cortar novamente os juros foi sustentada pela melhoria dos principais indicadores económicos, nomeadamente a inflação, atualmente nos 9,2%, um recuo face aos 10,34% registados no início de março.
Segundo o banco, “com a política monetária atual, a inflação homóloga deverá situar-se entre os 6% e 7% em 2025, e descer para 4% em 2026”. No entanto, sublinha que manterá uma política monetária restritiva, considerada essencial para alcançar a meta de inflação projetada para 2026.
Apesar da descida, a previsão é de que os níveis atuais se mantenham até ao final do ano, com uma nova redução esperada para 12%-13% em 2026.
Há pouco mais de um mês, a presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiúlina, tinha reduzido pela primeira vez os juros desde o início da guerra na Ucrânia, com um corte de apenas um ponto percentual, passando para os 20%. Nesse mesmo dia, anunciou uma previsão de intervalo para este ano entre 19,5% e 21,5%.
As medidas rigorosas adotadas pela autoridade monetária têm sido alvo de críticas crescentes, com acusações de que estão a travar os investimentos e a penalizar a economia russa, já fortemente impactada pela guerra. Entre os críticos encontra-se o próprio primeiro-ministro russo, Mijaíl Mishustin.
As sanções internacionais aplicadas após o início do conflito com a Ucrânia, em 2022, agravaram ainda mais o custo do crédito. Como resultado, muitas empresas enfrentam dificuldades em cumprir obrigações financeiras, levando a um aumento dos incumprimentos e a uma vaga de falências em vários setores da economia russa.
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