Entre os nove edifícios, "alguns históricos", está a antiga sede da Presidência do Conselho de Ministros, disse Miguel Pinto Luz.
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Venda de imóveis do Estado
Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação Getty images

O Estado vai alienar nove imóveis públicos e colocar 14 terrenos em Parceria Público-Privada (PPP), anunciou esta quinta-feira (18 de setembro de 2025) o Governo, na cerimónia que oficializou um acordo de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI), em Lisboa.

Em declarações no final da assinatura do acordo, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, detalhou os nove edifícios, alguns históricos e "emblemáticos", que serão alienados pelo Estado, entre os quais está a antiga sede da Presidência do Conselho de Ministros, onde esta quinta-feira, simbolicamente, o Executivo voltou a reunir-se para debater e aprovar medidas sobre habitação.

Os restantes são imóveis que já serviram o Ministério da Educação e várias direções gerais e secretarias gerais e o plano do Governo é que estejam prontos para ser alienados “até ao verão” do próximo ano.

“Há património que não faz sentido (…) ter dentro da esfera do Estado, pela sua localização geográfica, pelo potencial de maximização de receitas”, justificou.

O Governo aprovou também a criação de um instrumento de parcerias público-privadas para gestão de património público.

Os imóveis que serão colocados ao abrigo desse instrumento - em regime de concessão - incluem terrenos nos concelhos de Lisboa (sete), Amadora (dois), Porto (um), Almada (um), Oeiras (um), Albufeira (um) e Faro (um). A lista pode ser consultada em baixo.

“A Estamo lançará (…) concursos públicos para concessões, não alienação, concessões desse património, a prazos alargados”, explicitou o ministro, acrescentando que caberá ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) gerir as rendas, no sentido de garantir “um limiar saudável que chegue à classe média”.

“Estas PPP pretendem colocar, rapidamente, do lado dos municípios, do lado do setor privado, porque o Governo e o Estado não conseguem fazer sozinhos, dezenas e dezenas e dezenas de imóveis”, contabilizou.

O Governo aprovou ainda a criação da sociedade Parque Cidades do Tejo, “que vai gerir também ativos públicos”, em conjunto com os municípios. “Começámos pelo Arco Ribeirinho, pela zona do Ocean Campus, pela zona do novo e do antigo aeroporto, mas queremos rapidamente ir para a Área Metropolitana do Porto e outras zonas e outros territórios do país”, adiantou Pinto Luz.

A Estamo – sublinhou – saiu “reforçada do Conselho de Ministros” para fazer “o cadastro nacional do património público” e “confrontar cada uma das pastas setoriais, cada um dos departamentos do Estado e verificar se, de facto, determinado imóvel é preciso ou não é preciso, se é necessário ou se não é necessário e, se não for, será imediatamente colocado no âmbito da ação e de gestão da Estamo”.

O Conselho de Ministros – disse o ministro - assumiu “o compromisso coletivo à volta do desafio da habitação” e continuará a abordar esta área na próxima semana.

Na reunião desta quinta-feira, o foco esteve no investimento e no património público, que a gestora Estamo está a mapear, tarefa que deverá estar concluída até setembro do próximo ano.

Os 14 imóveis que serão concessionados

Estes são, segundo o Jornal de Negócios, os 14 imóveis que serão concessionados: 

  • Terrenos integrados na Quinta da Alfarrobeira, em Lisboa, propriedade do Estado;
  • Quinta da Falagueira (parte da parcela A), na Amadora, propriedade da Consest, S.A.;
  • Viso, Il, no Porto, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Quartel da Trafaria, em Almada, propriedade da ESTAMO - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Terreno (Maria Droste), Estrada da Luz, em Lisboa, propriedade da Estamo - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Terreno (antigo Campo das Salésias), Rua Alexandre de Sá Pinto, em Lisboa, propriedade da Estamo - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, propriedade da Estamo - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Av. Elias Garcia n.° 12, em Lisboa, propriedade da Estamo - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Travessa das Zebras PM 29, à Calçada da Ajuda, em Lisboa, propriedade da Estamo - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Quinta da Cartuxa, Estrada do Murganhal, em Oeiras, propriedade da Estamo - Participações Imobiliárias, S.A.;
  • Terreno em Albufeira, CPU 080106-R-6-AQ, em Corrieira, propriedade do Estado;
  • Casal do Louro, na Amadora, propriedade do Estado;
  • Terreno em Faro, CPU 080508-U-3067, propriedade da Rádio e Televisão de Portugal, S.A.;
  • Complexo da antiga Manutenção Militar Norte, constituído pelos imóveis designados «PM 21/ Lisboa - Manutenção Militar na Rua do Grilo Ala Norte» e «PM 165/Lisboa Manutenção Militar na Quinta de Lafões», propriedade do Estado.

Os 9 imóveis que o Governo quer alienar em hasta pública

Estes são, segundo a mesma publicação, os 10 imóveis que o Governo pretende alienar em hasta pública:

  • Rua Professor Gomes Teixeira, n.° 2, Lisboa (Antigo edifício da Presidência de Conselho de Ministros);
  • Av. da República 79 A, Lisboa (Edifício da Secretaria Geral da Economia);
  • Av. 24 de Julho, n.° 134-140 e Avenida Infante Santo n°2 (Edifício do Ministério da Educação), Lisboa;
  • Rua Filipe Folque, 44, Lisboa;
  • Avenida Duque D'Ávila, 137, Lisboa (Edifício da DGES);
  • Avenida Visconde de Valmor, 72, Lisboa (Edifício da DGAE);
  • Avenida João Crisóstomo, 9, Lisboa (Edifício da SG Saúde);
  • Praça de Alvalade, 11, 12, 13, Lisboa (Edifício da DGEstE);
  • Avenida de Berna, n°26, Lisboa (desocupado).

*Com Lusa

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