O planeta Terra bateu o recorde do dia mais quente alguma vez registado dia 22 de julho de 2024, de acordo com dados preliminares do Copérnico, programa de monitorização do clima da União Europeia (UE). E apesar das ondas de calor sempre terem existido, estão a tornar-se cada vez mais frequentes e intensas. No futuro, se nada for feito, as cidades poderão atingir condições térmicas que vão afetar a utilização dos espaços públicos e a saúde humana. E é por isso que pensar a morfologia do tecido urbano e construção sustentável é mais importante que nunca. Mas planear e desenhar as cidades, assim como as casas, tendo em conta os desafios climáticos, exige uma “abordagem interdisciplinar”, tal como explica André Nouri, investigador e arquiteto urbanista, em entrevista ao idealista/news.
Seria necessário construir cerca de 60.000 casas por ano para resolver o problema da habitação em Portugal, segundo Jorge Nandin de Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores (APPC). Para este responsável, a crise habitacional tem as suas raízes num “desalinhamento dos rendimentos dos portugueses face aos atuais custos dos terrenos e aos custos de construção”, sendo necessário, por isso, combatê-la em várias frentes. A carga fiscal é uma delas – mas não é a única –, tal como explica em entrevista ao idealista/news.
O segmento da remodelação de imóveis ganhou ímpeto durante a pandemia, que desencadeou um ‘boom’ no setor, refletindo uma mudança paradigmática na forma como se vive a habitação.
Com bairros inclusivos e uma crescente procura por ambientes seguros e acolhedores, Portugal tem vindo a posicionar-se como um destino de referência para a comunidade LGBTI, dinamizando o mercado imobiliário e promovendo a diversidade.
O mercado imobiliário LGBTI continua a ganhar espaço em Portugal, refletindo o potencial de crescimento deste segmento, impulsionado pela atratividade do país para a comunidade.
O design de interiores é um mundo sem fim. E transformar a casa pode ser uma tarefa verdadeiramente assustadora. Ou porque falta inspiração e ideias, ou porque o orçamento é apertado e não se sabe por onde começar. E foi a pensar nisso que Joana Laranjeira, arquiteta, designer de interiores e cofundadora da empresa ÓdaJoana, decidiu criar um serviço de design acessível para chegar a mais famílias, além de vários conteúdos educativos, que partilha nas redes sociais, para quem deseja dar os primeiros passos na decoração ou remodelação da casa. “O meu objetivo sempre foi a partilha para facilitar o processo de tornar um espaço numa casa”, conta em entrevista ao idealista/news.
O aumento da instalação de painéis fotovoltaicos para autoconsumo está a crescer em Portugal, e poderá dar um salto ainda maior nos próximos anos. A crise energética implicou, para muitas famílias, uma reorganização da atividade doméstica e dos gastos com a casa, sendo a produção de energia própria uma das soluções mais rentáveis para poupar na fatura da eletricidade. Para muitas delas, porém, o nível inicial de investimento é um grande entrave. Ainda assim, o modelo de subscrição mensal para autoconsumo chegou ao país e está a conquistar terreno, tal como explica ao idealista/news Manuel Pina, diretor geral da Otovo em Portugal, empresa de origem norueguesa que foi pioneira na introdução desta alternativa no mercado nacional.
A decoração e o mobiliário vão evoluindo e adaptando-se às tendências atuais. Os materiais sustentáveis, as plantas e os móveis multifuncionais têm vindo a ganhar espaço nas casas dos portugueses. E as novas tecnologias estão a marcar cada vez mais as tendências neste setor. “A Inteligência Artificial (IA) tem o poder de revolucionar o design de interiores ao tornar os processos mais eficientes, personalizados e inovadores”, admite Rita Pacheco, presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), em entrevista ao idealista/news a propósito do arranque da feira Capital do Móvel: realiza-se entre 12 e 16 de junho, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
O negócio da remodelação de casas explodiu com a pandemia e, desde então, tem vindo a conquistar vários públicos, nomeadamente as gerações mais jovens. Adeptas do DIY (‘Do it yourself’ ou ‘Faz tu mesmo’), querem melhorar os espaços e torná-los mais funcionais, em alguns casos, com as próprias mãos. E esta nova tendência fez “aumentar a procura por produtos e ferramentas de bricolage”, segundo explica Chris Bargate, CEO da Brico Depôt Ibéria, em entrevista ao idealista/news. Mas não só. Há uma crescente procura por “projetos específicos, como cozinhas e casas de banho”.
Portugal enfrenta uma crise na habitação, agudizada pela falta de oferta disponível. Em resposta a essa escassez, a construção modular apresenta-se como solução promissora, oferecendo uma alternativa rápida e eficiente para ampliar o parque habitacional, face à redução significativa dos prazos de construção e melhor controlo dos custos, por exemplo. No entanto, este novo modelo construtivo debate-se com desafios importantes, como o necessário investimento em infraestruturas e tecnologia, formação e capacitação profissional, ou aperfeiçoamento de regulamentações específicas, tal como explicaram vários especialistas do setor ao idealista/news. O futuro, é certo, passa pela industrialização. Mas que passos falta dar?
Recebe as nossas últimas notícias no teu endereço eletrónico Subscrever