Decorar a casa com arte pode ser um grande desafio. Há que criar uma harmonia no espaço escolhendo e conjugando uma série de elementos decorativos: desde os móveis aos cortinados, dos têxteis às plantas, dos pequenos detalhes às obras de arte. Sim, decorar a casa com peças de grandes artistas nacionais é uma opção e pode estar ao teu alcance, atualmente de forma mais fácil, comprando peças por Internet. E além de embelezar o lar ou o escritório, a arte é cada vez mais vista como um investimento.
Mas que obras de arte posso escolher? Aqui indicamos sete artistas portugueses que podes (e deves) considerar na hora de decorar a casa.
José Pedro Croft (1957, Porto, Portugal) é um dos principais representantes na renovação da
escultura portuguesa. A sua carreira, inscrita tanto neste género como no desenho, foi marcada desde o início por um cuidadoso processo construtivo em que tanto o seu universo formal como pessoal entraram em contacto. Nas próprias palavras da Croft, "o interessante do meu trabalho está nas nuances e pequenas diferenças, não na tentativa de fazer um 'pombinho' dentro de uma determinada linha". Em suma, é um
projecto artístico fora do itinerário estabelecido pelas escolas e grupos.
Nuno Sousa Vieira (Leiria, Portugal, 1971) cria esculturas maravilhosas, compostas por vários materiais de fábrica, elementos arquitetónicos e mobiliário descartado, são o resultado de um processo que envolve a tradução do espaço de trabalho nos seus trabalhos finais.
Gabriela Machado (Joinville, Brasil, 1960) vive e trabalha no Brasil. A
pintura, escultura e desenho de Gabriela são inspirados por tudo o que a rodeia e pelas composições estéticas da vida quotidiana. Através do uso de pinceladas intensas, cores vivas e escalas de contrastes, as paisagens adquirem as suas formas.
Dalila Gonçalves (Castelo de Paiva, Portugal, 1982) mostra a permeabilidade entre os materiais e processos da prática artística e as experiências quotidianas através de um jogo experimental. Através de meios como a instalação, fotografia ou cerâmica, a artista concebe objetos que nem sempre implicam uma verdadeira transformação das coisas, mas que, em muitos casos, são simplesmente um uso inesperado, irónico, absurdo ou metafórico da matéria.
A pintura de
Rita Ferreira (Óbidos, Portugal, 1991) extrai elementos efémeros e memórias antigas do seu arquivo pessoal, transformando-os em representações visuais cuja legibilidade é frequentemente excluída e diferenciada. A singularidade do óleo sobre papel justaposta à rejeição da moldura tradicional, quase sempre a favor de suportes de ferro ou latão, cria um jogo de contrastes entre as pinceladas gestuais, a fragilidade do papel e o peso das estruturas metálicas.
Pedro Calapez (Lisboa, Portugal, 1953) é uma das figuras que, desde o final dos anos setenta, tem vindo a estudar profundamente o conceito pictórico. Estreitamente ligado às práticas do movimento da superfície de suporte, a sua pintura baseia-se na cor e nos aspetos construtivos da forma. A utilização de grandes massas de matéria pictórica com uma pincelada neoexpressionista, juntamente com a fragmentação do suporte são os traços distintivos da obra de Calapez.
O trabalho de
Cabrita Reis (1956, Lisboa, Portugal) inclui uma grande variedade de suportes, desde fotografia e desenho a pinturas e esculturas em grande escala, compostas por materiais industriais, muitas vezes recuperados, como no caso da obra Floresta, 2017, que apresentamos na exposição, e que frequentemente atingem dimensões arquitetónicas. Nesta exposição vamos encontrar obras feitas com diferentes materiais tais como aço, madeira, alumínio, vidro, esmalte, bronze ou acrílico. Nas palavras do artista "tudo o que existe é matéria que pode ser utilizada na construção de uma obra de arte", portanto, ele não estabelece hierarquias entre os objectos e materiais com os quais trabalha. Para Cabrita Reis, o material é o olhar e o pensamento, que transformam tudo.
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